DE MENINA A MULHER: JUVENTUDES NEGADAS POR MEIO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR (GUARAPUAVA-1982)
https://doi.org/10.29327/211653.6.9-4
Palavras-chave:
Educação; Juventude; Interceccionalidade; Tempo Presente.Resumo
A educação escolar como direito foi conquistada ao longo do século XX e proporcionou mudanças que transcendem o conhecimento curricular. Através da investigação histórica sobre a história da educação é possível compreender noções sobre infância, juventude, família, gênero, dentre outras marcações sociais em que as propostas e práticas educacionais de contextos históricos distintos projetaram intencionalidades sobre as diferentes atividades exercidas pelas pessoas. Em finais da década de 1970, por exemplo, a obrigatoriedade da educação para o casamento e manutenção do vínculo, foi um afronte a muitos direitos adquiridos pelas mulheres. Essa proposta contribuiu para a marcação dos espaços em que homens e mulheres deveriam ocupar, formas de casar, constituir família, dentre outros. Diante disso, tendo como fonte histórica o caderno escolar de uma estudante de 15 anos, do ano de 1982 correspondente a disciplina de Indústria Caseira, pretende-se investigar parte das práticas escolares em Guarapuava-Paraná, de modo a perceber quais as noções e interesses sobre juventude da época, e de como foram reverberadas nessa educação. Deste modo, junto as investigações teóricas da interseccionalidade, busca-se perceber também as intencionalidades de outros marcadores sociais exercidas por meio dessa educação, tais como geração, gênero, condição social e classe das quais foram colocadas em prática por meio da disciplina escolar.
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