SEDAÇÃO E ANALGESIA EM UTI: PROTOCOLOS ATUAIS E MELHORES PRÁTICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14764Palavras-chave:
Sedação. Analgesia. Unidade de Terapia Intensiva.Resumo
A sedação e analgesia são componentes fundamentais no manejo de pacientes críticos em unidades de terapia intensiva (UTI), sendo essenciais para o alívio da dor, redução da ansiedade e facilitação de procedimentos invasivos. Esta revisão integrativa tem como objetivo sintetizar os protocolos atuais e as melhores práticas para a sedação e analgesia em UTIs, baseando-se nas evidências mais recentes para otimizar os cuidados e melhorar os desfechos clínicos dos pacientes. Foi realizada uma revisão integrativa abrangente, incluindo estudos publicados entre janeiro de 2010 e junho de 2023. As fontes de dados incluíram PubMed, Cochrane Library, Embase, CINAHL e Scopus. Critérios de inclusão englobaram estudos em inglês, português e espanhol, focados em pacientes adultos em UTI e abordando agentes farmacológicos, estratégias de monitoramento e intervenções não farmacológicas. Foram excluídos estudos com populações pediátricas e aqueles focados exclusivamente em condições específicas. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada com ferramentas apropriadas para cada tipo de estudo, e os dados foram extraídos e analisados qualitativamente. Propofol, midazolam, dexmedetomidina e cetamina são amplamente utilizados, cada um com perfis específicos de eficácia e segurança. Dexmedetomidina se destaca por reduzir a incidência de delírio e preservar a função respiratória. Escalas como RASS e BPS são comumente utilizadas, complementadas por ferramentas objetivas como o índice bispectral (BIS) para uma avaliação mais precisa da sedação profunda. Técnicas psicológicas, modificação do ambiente de cuidado e mobilização precoce são eficazes na redução da agitação, prevenção do delírio e melhoria da recuperação funcional. Protocolos baseados em evidências estão associados a uma redução na incidência de delírio, diminuição do tempo de ventilação mecânica e menor tempo de internação hospitalar. Os achados reforçam a importância de uma abordagem personalizada e multidisciplinar para o manejo da sedação e analgesia em UTIs. A seleção de agentes farmacológicos deve ser individualizada, e o monitoramento contínuo é crucial para ajustar as terapias adequadamente. Intervenções não farmacológicas desempenham um papel significativo na melhoria dos desfechos clínicos. A implementação de protocolos padronizados e baseados em evidências é essencial para otimizar o cuidado aos pacientes críticos. A revisão destaca que a gestão eficaz da sedação e analgesia em UTIs, quando baseada em protocolos atualizados e personalização do tratamento, pode melhorar significativamente os desfechos dos pacientes. A educação contínua da equipe de saúde e a adoção de estratégias de monitoramento precisas e intervenções não farmacológicas são fundamentais para proporcionar um cuidado de alta qualidade. A contínua pesquisa e atualização das práticas clínicas são necessárias para manter e melhorar os padrões de cuidado em UTIs.
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