CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA NA GRAVIDEZ: EXPLORANDO O PAPEL DA LAPAROSCOPIA

Autores

  • Gabriel Paz Souza Mota Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Vitória Silva Souza Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Fabrício Mendes Júnio Santos Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Abner Ramos de Castro Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Vinícius Marinho Mantini Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14481

Palavras-chave:

Laparoscopia. Gestantes. Cirurgia Vídeoassistida.

Resumo

A realização de cirurgia abdominal não obstétrica durante a gestação, embora rara, representa uma situação complexa que exige atenção para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. No contexto atual, marcado por avanços na área da laparoscopia e pelo aprimoramento dos cirurgiões, observa-se o aumento na realização desses procedimentos por via laparoscópica. A laparoscopia em gestantes possui incidência entre 1 e 2 para cada 1.000 gestações, sendo as principais causas a apendicite aguda e a colecistite aguda. O momento ideal para a cirurgia depende de diversos fatores, como a idade gestacional, a severidade da condição e o tipo de procedimento. A escolha da técnica anestésica também é crucial pelo risco de teratogenicidade, principalmente no 1º trimestre, sendo o propofol uma opção eficaz. Há consenso de que a localização do trocarte primário, preferencialmente inserido pela técnica aberta, depende do nível do fundo uterino, sendo geralmente inserido 5 cm acima da parte superior do útero ou no ponto de Palmer. O pneumoperitônio adequado para garantir a melhor visualização das estruturas intra-abdominais deve ser cauteloso, tendo em vista as repercussões respiratórias e hemodinâmicas. É recomendado que a pressão intra-abdominal seja mantida entre 8 a 12 mmHg, não ultrapassando 15 mmHg. Comparando a laparoscopia com a laparotomia, não foram encontradas diferenças significativas em relação ao peso ao nascer, duração da gestação, RCIU, morte infantil ou malformação fetal. No contexto de gravidez, a laparoscopia apresenta particularidades, como o risco de teratogenicidade, lesão uterina durante a inserção do portal e o potencial sofrimento fetal devido à pressão intrabdominal elevada no pneumoperitônio. Para assegurar o bem-estar da mãe e do bebê, a indicação e realização do procedimento cirúrgico devem ser cautelosos.

Biografia do Autor

Gabriel Paz Souza Mota, Universidade Federal de Juiz de Fora

Superior Incompleto, Universidade Federal de Juiz de Fora.

Vitória Silva Souza, Universidade Federal de Juiz de Fora

Superior Incompleto, Universidade Federal de Juiz de Fora.

Fabrício Mendes Júnio Santos, Universidade Federal de Juiz de Fora

Superior Incompleto, Universidade Federal de Juiz de Fora.

Abner Ramos de Castro, Universidade Federal de Juiz de Fora

Superior Incompleto, Universidade Federal de Juiz de Fora

Vinícius Marinho Mantini, Universidade Federal de Juiz de Fora

Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital Naval Marcílio Dias.

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Publicado

2024-06-12

Como Citar

Mota, G. P. S., Souza, V. S., Santos, F. M. J., Castro, A. R. de, & Mantini, V. M. (2024). CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA NA GRAVIDEZ: EXPLORANDO O PAPEL DA LAPAROSCOPIA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(6), 2134–2150. https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14481