PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS SUSPEITOS DE SÍNDROME CONGÊNITA DO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DO PARANÁ DE 2015 A 2023
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i6.14353Palavras-chave:
Zika vírus. Síndrome Congênita do vírus Zika. Anomalias congênitas. Epidemiologia.Resumo
Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos suspeitos de Síndrome Congênita do vírus Zika relativos ao estado do Paraná e notificados ao Registro de Eventos em Saúde Pública (RESP), comparando-os com dados encontrados em outras unidades federativas e na literatura. Métodos: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado de forma retrospectiva, por meio da análise de dados disponíveis publicamente na plataforma DATASUS (Tabnet) para os casos suspeitos de SCZ no Paraná, de 2015 a 2023. Resultados: Dos 140 casos notificados no Paraná nesse período, 72,8% das notificações foram do tipo “RN com microcefalia”, sendo 2016 o ano com mais casos registrados (47 casos e 38 alegando microcefalia). A grande maioria das gestantes (93,5%) e dos RN (97,1%) não realizaram exames laboratoriais para Zika. Além disso, em 46,4% dos casos a anomalia congênita foi detectada após o nascimento, e quando identificada no período intrauterino, metade dos casos (52,8%) foram detectados no terceiro trimestre gestacional. 53,5% dos casos eram RN masculinos, em sua maioria filhos de mães brancas (65%) e de idade entre 25 e 34 anos (42,1%). A taxa de mortalidade foi de 12,14%, sendo 1,4% relativos a natimortos ou abortos espontâneos. Deficiências neurológicas, auditivas e visuais foram encontradas em 4,2%. Conclusão: Os resultados revelam a magnitude da SCZ, apontando para a necessidade de um cuidado longitudinal para as crianças afetadas e a implementação de medidas preventivas em áreas de alto risco de transmissão do vírus Zika.
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