O USO DE INIBIDORES DO SGLT-2 NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA MINI-REVISÃO DAS EVIDÊNCIAS DISPONÍVEIS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i5.13819Palavras-chave:
Inibidores do transportador 2 de sódio-glicose; Insuficiência Cardíaca; CardiologiaResumo
Os inibidores do co-transportador de sódio-glicose 2 (SGLT-2), inicialmente conhecidos pelo seu benefício anti-hiperglicêmico, foram reconhecidos nos últimos anos como uma terapia fundamental para a insuficiência cardíaca (IC) em todo o espectro da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Em 2015, o efeito terapêutico dos inibidores do SGLT-2 na IC foi sinalizado inicialmente no artigo publicado sobre um ensaio clínico randomizado de resultados cardiovasculares para empagliflozina no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Após isso, foram realizados diversos ensaios clínicos de referência na IC, independentemente do status de diabetes, que confirmaram a eficácia dos inibidores do SGLT-2 no tratamento da IC. À princípio, os primeiros estudos avaliaram pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr), com FEVE de 40% ou menos. Neles, identificaram redução de morte cardiovascular e hospitalização por agravamento da IC com o uso de inibidores do SGLT-2. Como os ensaios randomizados de inibidores de SGLT-2 demonstraram uma melhora robusta na ICFEr, levantaram o questionamento sobre a eficácia dessas medicações também no tratamento de pacientes que apresentam insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp). Com isso, foram realizados alguns ensaios nessa população e eles mostraram redução de hospitalização e de buscas por serviços de urgência e demonstraram melhora da qualidade de vida desses pacientes. Após muitos ensaios clínicos randomizados e metanálises desses, a diretriz de IC da European Society of Cardiology (ESC) 2023 trouxe os inibidores do SGLT-2 (dapaglifozina e empaglifozina) como recomendação para pacientes com IC com fração de ejeção intermediária (ICFEi) e ICFEp para reduzir o risco de hospitalização por IC ou morte cardiovascular. Portanto, torna-se relevante estudar sobre o uso dos inibidores do SGLT2 na IC, independente da presença de diabetes e em todos os espectros de FEVE, visando desenhar estratégias terapêuticas de forma eficaz para os pacientes.
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