O USO DE INIBIDORES DO SGLT-2 NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA MINI-REVISÃO DAS EVIDÊNCIAS DISPONÍVEIS

Autores

  • Isabelle Gomes Dias Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF
  • Rodrigo Maximo Silveira Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF
  • Guilherme Costa Martins Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF
  • Pedro Paulo Tavares Costa Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF
  • Victor Rio Verde Pamplona Santa Casa de Barra Mansa

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i5.13819

Palavras-chave:

Inibidores do transportador 2 de sódio-glicose; Insuficiência Cardíaca; Cardiologia

Resumo

Os inibidores do co-transportador de sódio-glicose 2 (SGLT-2), inicialmente conhecidos pelo seu benefício anti-hiperglicêmico, foram reconhecidos nos últimos anos como uma terapia fundamental para a insuficiência cardíaca (IC) em todo o espectro da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Em 2015, o efeito terapêutico dos inibidores do SGLT-2 na IC foi sinalizado inicialmente no artigo publicado sobre um ensaio clínico randomizado de resultados cardiovasculares para empagliflozina no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Após isso, foram realizados diversos ensaios clínicos de referência na IC, independentemente do status de diabetes, que confirmaram a eficácia dos inibidores do SGLT-2 no tratamento da IC. À princípio, os primeiros estudos avaliaram pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr), com FEVE de 40% ou menos. Neles, identificaram redução de morte cardiovascular e hospitalização por agravamento da IC com o uso de inibidores do SGLT-2. Como os ensaios randomizados de inibidores de SGLT-2 demonstraram uma melhora robusta na ICFEr, levantaram o questionamento sobre a eficácia dessas medicações também no tratamento de pacientes que apresentam insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp). Com isso, foram realizados alguns ensaios nessa população e eles mostraram redução de hospitalização e de buscas por serviços de urgência e demonstraram melhora da qualidade de vida desses pacientes. Após muitos ensaios clínicos randomizados e metanálises desses, a diretriz de IC da European Society of Cardiology (ESC) 2023 trouxe os inibidores do SGLT-2 (dapaglifozina e empaglifozina) como recomendação para pacientes com IC com fração de ejeção intermediária (ICFEi) e ICFEp para reduzir o risco de hospitalização por IC ou morte cardiovascular. Portanto, torna-se relevante estudar sobre o uso dos inibidores do SGLT2 na IC, independente da presença de diabetes e em todos os espectros de FEVE, visando desenhar estratégias terapêuticas de forma eficaz para os pacientes.

Biografia do Autor

Isabelle Gomes Dias, Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF

Acadêmica de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Rodrigo Maximo Silveira, Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF

Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Guilherme Costa Martins, Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF

Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

Pedro Paulo Tavares Costa, Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF

Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Victor Rio Verde Pamplona, Santa Casa de Barra Mansa

Residência de Clínica Médica pela Santa Casa de Barra Mansa.

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Publicado

2024-05-09

Como Citar

Dias, I. G., Silveira, R. M., Martins, G. C., Costa, P. P. T., & Pamplona, V. R. V. (2024). O USO DE INIBIDORES DO SGLT-2 NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA MINI-REVISÃO DAS EVIDÊNCIAS DISPONÍVEIS. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(5), 1708–1715. https://doi.org/10.51891/rease.v10i5.13819