PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HOSPITALIZAÇÕES POR TRAUMATISMO INTRACRANIANO NA PARAÍBA: UM ESTUDO ECOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i3.13309Palavras-chave:
Traumatismos Craniocerebrais. Hospitalização. Sistemas de Informação Hospitalar. Sistema Único de Saúde.Resumo
OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico das hospitalizações por Traumatismo Intracraniano (TI) no estado da Paraíba no ano de 2022, buscando identificar os fatores associados à ocorrência de óbitos. METODOLOGIA: Estudo ecológico a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, que abrangeu as Autorizações de Internação Hospitalar da Paraíba, em 2022, com diagnóstico principal da CID-10 "S06 - Traumatismo Intracraniano" e suas subdivisões, coletadas por meio do pacote Microdatasus em ambiente R. Análises bivariadas foram conduzidas com o teste de Qui-quadrado de Pearson (p<0,05). RESULTADOS: Registraram-se 1.306 hospitalizações por TI na Paraíba, com maiores incidências em maiores de 60 anos (15,6 casos/1.000.000 hab.), homens (11,0 casos/1.000.000 hab.) e pardos (15,0 casos/1.000.000 hab.). O Edema Cerebral Traumático levou à maioria das hospitalizações (15,3%), enquanto o Tratamento Conservador de Traumatismo Cranioencefálico (Grau Médio) foi o procedimento mais frequente (36,4%). A maioria internou em leitos clínicos (53,6%), em regime de urgência (98,6%), com permanência de até 10 dias (79,3%) e taxa de óbito de 12,1%. A faixa etária (p<0,005) e o procedimento (p<0,002) se associaram ao óbito. O Tratamento Conservador de Traumatismo Cranioencefálico grave apresentou risco de óbito de 11,9 vezes maior (OR:11,9; IC95%: 7,9-18,0) em comparação a todos os outros procedimentos e pacientes idosos tiveram um risco de óbito 2,0 vezes maior (OR:2,0; IC 95%:1,4-3,1) em relação aos pacientes adultos. CONCLUSÕES: Destaca-se a importância de intervenções preventivas direcionadas à população idosa para reduzir as taxas de mortalidade por traumatismo intracraniano. Essas medidas não apenas beneficiam a população, mas também reduziriam os custos da saúde pública e a demanda por tratamentos de urgência nos hospitais.
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