GASTROENTEROCOLITE NECROSANTE EM PACIENTES RECÉM-NASCIDOS: AVALIAÇÃO CLÍNICA E POSSÍVEIS TRATAMENTOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i9.11241Palavras-chave:
Enterocolite necrosante. Neonatos. Diagnóstico. Tratamento. Resultado.Resumo
A gastroenterocolite necrosante (GECN) é uma doença inflamatória grave que afeta o trato gastrointestinal de recém-nascidos, especialmente os prematuros, e pode levar à necrose e perfuração intestinal. A GECN é uma das principais causas de morbidade e mortalidade neonatal, com uma incidência estimada de 0,3 a 2,4 casos por 1000 nascidos vivos e uma taxa de mortalidade de 15 a 30%. O tratamento da GECN depende do estágio da doença e pode incluir medidas de suporte, antibioticoterapia, nutrição parenteral e cirurgia. Objetivo: sintetizar as evidências científicas sobre a avaliação clínica e os possíveis tratamentos da GECN em pacientes recém-nascidos. Metodologia: Esta revisão foi realizada de acordo com o protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foram consultadas as bases de dados PubMed, Scielo, Web of Science e Cochrane Library, utilizando os seguintes descritores: “necrotizing enterocolitis”, “neonates”, “diagnosis”, “treatment” e “outcome”. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos (2013-2023), em português ou inglês, que abordassem aspectos clínicos, diagnósticos, terapêuticos ou prognósticos da GECN em recém-nascidos. Foram excluídos artigos que não eram originais, que não tinham dados suficientes ou que não eram relevantes para o tema. Os artigos selecionados foram avaliados quanto à qualidade metodológica, à extração dos dados e à análise dos resultados. Resultados: Foram selecionados 16 artigos. O diagnóstico da GECN foi baseado na combinação de sinais clínicos (distensão abdominal, vômitos biliosos, sangue nas fezes), alterações laboratoriais (leucocitose ou leucopenia, acidose metabólica, trombocitopenia) e achados radiológicos (pneumatose intestinal, pneumoperitônio). O tratamento da GECN variou conforme o estágio da doença e consistiu em medidas de suporte (jejum, hidratação, oxigenação, monitorização), antibioticoterapia (ampicilina, gentamicina, metronidazol), nutrição parenteral e cirurgia (laparotomia, enterostomia, ressecção intestinal). As principais complicações da GECN foram a perfuração intestinal, a peritonite, a estenose intestinal, a enterocolite recorrente, a falência de múltiplos órgãos e a morte. Conclusão: A GECN é uma doença grave que afeta principalmente os recém-nascidos prematuros e que requer uma abordagem multidisciplinar para o seu diagnóstico, tratamento e prevenção. Apesar dos avanços na compreensão dos mecanismos envolvidos na GECN, ainda há necessidade de mais estudos que esclareçam os aspectos clínicos, terapêuticos e prognósticos da doença. Além disso, é importante o acompanhamento dos pacientes com GECN para identificar e tratar as possíveis complicações e sequelas decorrentes da doença.
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