EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ACERCA DA VULNERABILIDADE MASCULINA ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i8.10975Palavras-chave:
Vulnerabilidade. Saúde do Homem. Infecções Sexualmente Transmissíveis.Resumo
O termo vulnerabilidade tem sido definido como a chance de exposição das pessoas ao adoecimento. Em relação às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), esse termo permitiu uma visão mais ampla sobre como questões relacionadas à desigualdade social, diversidade sexual, raça/etnia, preconceito e discriminação, entre outros fatores que podem afetar o modo de viver de diversos segmentos populacionais. Trata-se de uma revisão integrativa, cujo objetivo foi identificar as evidências científicas acerca da vulnerabilidade masculina às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Foram utilizados artigos da Biblioteca Virtual em Saúde, sendo a busca realizada a partir dos seguintes descritores: vulnerabilidade; saúde do homem e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Os critérios de inclusão foram artigos publicados em português, na íntegra e que retratassem a temática referente, sem recorte temporal. Os critérios de exclusão foram os estudos de revisão integrativa, artigos repetidos e que não respondessem à pergunta norteadora. Foram identificadas 122 publicações e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 12 artigos compuseram a amostra final. De acordo com os principais resultados, aponta-se a complexidade da compreensão da vulnerabilidade masculina às IST’s, uma vez que envolve não apenas questões individuais, mas também culturais e sociais. No plano individual, apontou-se o uso do preservativo como algo inconstante e irregular. Em relação aos aspectos culturais, enfatizou-se as representações que os homens têm de se sentirem invulneráveis às IST’s. Foi identificada ainda a vulnerabilidade programática, em especial, a pessoas com deficiência. Dessa maneira, a complexidade da vulnerabilidade masculina às IST’s exige do profissional de saúde redimensionamento da própria noção de vulnerabilidade e das características peculiares dos homens. Assim, acredita-se que compreender como esses homens constroem sua masculinidade e percepção de vulnerabilidade em relação às IST’s talvez possa criar subsídios e fortalecer os equipamentos sociais com tecnologias inovadoras na elaboração de intervenções.
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