AUTOPERCEPÇÃO E SUBJETIVIDADE: A PERSPECTIVA DO CHATGPT SOBRE SI MESMO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.16615Palavras-chave:
Pesquisa Narrativa. Inteligência Artificial. ChatGPT. História de vida.Resumo
A criação de modelos de linguagem, como o ChatGPT, representa uma das inovações tecnológicas mais revolucionárias no campo da inteligência artificial. Esses modelos não apenas ampliam as capacidades de interação entre humanos e máquinas, mas também levantam questões fundamentais sobre a natureza da cognição, consciência e identidade em sistemas artificiais. A exploração da subjetividade e da perspectiva que um modelo como o ChatGPT pode fornecer sobre sua própria criação oferece uma oportunidade única para investigar as fronteiras entre a tecnologia e a essência da experiência humana. Com base nisso, esta pesquisa tem como objetivo central examinar como a Inteligência Artificial, conhecida como ChatGPT se refere a si mesma e aos processos envolvidos em seu desenvolvimento, na busca para entender de que maneira o modelo articula uma "identidade" e uma "perspectiva" própria. A metodologia adotada é uma abordagem narrativa, na qual as interações com essa ferramenta foram sistematicamente registradas e submetidas a uma análise qualitativa. Os dados foram coletados por meio de perguntas específicas direcionadas ao modelo, focadas em sua "história de vida" e nos aspectos de sua criação. A história de vida é um procedimento essencial em pesquisas narrativas, permitindo a coleta de informações que auxiliam na compreensão de fenômenos complexos. Essa abordagem permite a identificação de padrões discursivos que simulam subjetividade e autopercepção dessa tecnologia, oferecendo uma visão detalhada das suas respostas. Os resultados revelam como o ChatGPT, mesmo sendo um modelo de IA sem consciência, pode construir narrativas que imitam a subjetividade humana, evidenciando, ao mesmo tempo, as limitações intrínsecas desse aparato tecnológico em representar uma perspectiva verdadeiramente pessoal. Esses achados irão contribuir para discussões mais amplas sobre as implicações éticas e filosóficas da personificação de tecnologias de inteligência artificial, bem como sobre o significado de subjetividade em sistemas não humanos.
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