HIPOTIREOIDISMO E DOENÇAS AUTOIMUNES: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E COMPLICAÇÕES METABÓLICAS

Resumo

Introdução: O hipotireoidismo autoimune é uma condição crônica caracterizada por uma deficiência na produção de hormônios tireoidianos devido à destruição autoimune da glândula tireoide. Esta doença afeta amplamente a saúde metabólica e a qualidade de vida dos pacientes, sendo associada a uma variedade de manifestações clínicas, como fadiga, ganho de peso, depressão e distúrbios cognitivos. Além disso, o comprometimento metabólico decorrente do hipotireoidismo eleva o risco de complicações cardiovasculares, como dislipidemia e hipertensão, e pode impactar negativamente a fertilidade. A complexidade dessa condição exige uma abordagem terapêutica multidisciplinar e personalizada, que leve em consideração as particularidades de cada paciente e busque tanto o controle dos sintomas quanto a prevenção de complicações a longo prazo. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática de literatura é avaliar as manifestações clínicas e complicações metabólicas associadas ao hipotireoidismo autoimune, bem como discutir as abordagens terapêuticas mais eficazes para o manejo dessa condição. Metodologia: A metodologia adotada para esta revisão baseou-se no checklist PRISMA, que orientou a seleção dos estudos nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram utilizados cinco descritores principais para a busca: "hipotireoidismo autoimune", "manifestações clínicas", "complicações metabólicas", "risco cardiovascular" e "tratamento". Os critérios de inclusão abrangeram estudos publicados nos últimos 10 anos, artigos revisados por pares e estudos que abordaram diretamente as complicações metabólicas e cardiovasculares do hipotireoidismo autoimune. Os critérios de exclusão incluíram estudos em idiomas diferentes do português e inglês, artigos publicados fora do período estipulado e pesquisas que não focaram em adultos.Resultados: Os resultados desta revisão revelaram que o hipotireoidismo autoimune está associado a uma ampla gama de manifestações clínicas que afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Entre as complicações metabólicas, destacaram-se a dislipidemia e o aumento do risco cardiovascular, além de efeitos adversos sobre a fertilidade. As evidências também sugeriram que a abordagem terapêutica mais eficaz combina reposição hormonal com estratégias de manejo dos fatores de risco metabólicos. Conclusão: Conclui-se que o manejo do hipotireoidismo autoimune deve ser abrangente e individualizado, considerando tanto as manifestações clínicas quanto às complicações metabólicas associadas. A revisão evidenciou a importância de uma abordagem multidisciplinar que vá além da simples reposição hormonal, englobando a prevenção de complicações e a promoção da qualidade de vida dos pacientes.