MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO HOSPITALAR DA OTITE MÉDIA COMPLICADA EM CRIANÇAS IMUNOSSUPRIMIDAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i8.15128Palabras clave:
Inflamação na orelha. Criança. Imunossupressão. Complicações e Hospitalização.Resumen
A otite média, uma infecção do ouvido médio, é uma condição comum na infância. Em crianças imunossuprimidas, devido a condições subjacentes como leucemia, linfoma ou uso de imunossupressores, a otite média pode apresentar um curso mais grave e com maior risco de complicações, como mastoidite, meningite e abscesso cerebral. Essas complicações podem ter consequências graves e, em alguns casos, levar à morte. Diante da gravidade das complicações da otite média em crianças imunossuprimidas, torna-se fundamental compreender as manifestações clínicas específicas dessa condição e as melhores abordagens terapêuticas para garantir um tratamento eficaz e precoce, visando reduzir a morbimortalidade. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática foi identificar e sintetizar a evidência científica disponível sobre as manifestações clínicas e o tratamento hospitalar da otite média complicada em crianças imunossuprimidas. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, seguindo as recomendações da declaração PRISMA. As bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science foram pesquisadas utilizando os seguintes descritores: “otitis media”, “child”, “immunosuppression”, “complications” e “hospitalization”. Foram incluídos artigos originais publicados nos últimos 10 anos, que descrevessem casos de otite média complicada em crianças imunossuprimidas, relatando as manifestações clínicas e o tratamento hospitalar. Foram excluídos artigos de revisão, relatos de caso isolados e estudos com metodologia inadequada. Resultados: Os resultados dos 19 estudos selecionados para a revisão demonstraram que a otite média complicada em crianças imunossuprimidas pode apresentar manifestações clínicas atípicas e mais graves em comparação com crianças imunocompetentes. As complicações mais comuns incluem mastoidite, meningite bacteriana e abscesso cerebral. A febre alta, dor de ouvido intensa, otorreia purulenta e sinais de irritação meníngea foram os sintomas mais frequentemente relatados. O tratamento hospitalar envolveu a administração de antibióticos de amplo espectro, drenagem cirúrgica do ouvido médio e, em alguns casos, tratamento cirúrgico das complicações. Conclusão: A otite média complicada em crianças imunossuprimidas é uma condição grave que exige um alto índice de suspeita clínica e uma abordagem terapêutica rápida e eficaz. O reconhecimento precoce dos sinais de alerta e o início imediato do tratamento antibiótico e cirúrgico são cruciais para reduzir a morbimortalidade. A realização de estudos futuros com maior número de pacientes e delineamento mais robusto é necessária para aprofundar o conhecimento sobre essa condição e estabelecer diretrizes mais precisas para o manejo clínico.
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