ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO PRÉ-NATAL DE MULHERES NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO

Resumen

O número de mulheres encarceradas no Brasil aumentou exponencialmente nas últimas décadas, concomitantemente às necessidades destas cidadãs no ambiente onde cumprem suas penas. Dentre essas precisões, cita-se questões que envolvem à saúde da mulher, especialmente voltadas à gravidez e ao período puerpério de mulheres no Sistema Prisional Brasileiro (SPB). Nesse cenário, o profissional enfermeiro assume papel importante no acompanhamento do pré-natal e na assistência continuada. Visto isso, o presente estudo estabelece a seguinte problemática: Quais os desafios encontrados na assistência do profissional de enfermagem no caso de pré-natal às mulheres no período gravídico no SPB?  Definiu-se como objetivo geral: Analisar as condições de assistência do enfermeiro no pré-natal de mulheres no SPB. Os objetivos específicos buscam contextualizar a assistência ao pré-natal como direito à saúde da mulher e da criança; compreender o contexto atual da população carcerária feminina e o direito à saúde; apresentar as condições de assistência do enfermeiro à gestante nas unidades prisionais brasileiras. Para tal, utilizou-se procedimentos metodológicos de revisão bibliográfica qualitativa, envolvendo investigação nos bancos de dados do google acadêmico, revistas e artigos científicos somados ao amparo legal às gestantes. Os resultados evidenciaram que embora a assistência integral à saúde da mulher gestante e da criança seja um direito constitucional e atribuído ao poder público brasileiro, esta vem sendo realizada em seu contexto geral de maneira insalubre. O panorama da reclusão feminina revela falta de estrutura adequada, insuficiência ao atendimento profissional, falta de segurança à gestante e à equipe de saúde de acompanhamento, desamparo psicológico e discriminação. Esta conjuntura dificulta a excelência da prestação do atendimento holístico humanitário pela equipe de enfermagem, tão necessário para este momento de vulnerabilidade.