A IMPORTÂNCIA DA EMPATIA EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO HUMANIZADO: PROJETO DE PALHAÇARIA SOB A PESPECTIVA DE ALUNOS DE MEDICINA EM UMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i1.12965Palabras clave:
Terapia do Riso. Empatia. Humanização da Assistência.Resumen
O estudo aborda a relevância da empatia no tratamento humanizado em saúde, examinando o Projeto de Palhaçaria através da perspectiva de estudantes de Medicina em uma instituição hospitalar. A palhaçaria, entendida como uma expressão artística, é integrada às iniciativas de humanização nos serviços de saúde, proporcionando cuidado abrangente e psicológico. O projeto permitiu aos estudantes vivenciar os impactos positivos da palhaçaria na recuperação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando melhorias na comunicação, interação e alívio emocional para ambos os pacientes e participantes do projeto. Introdução: A palhaçaria, tida como uma manifestação artística ímpar, que vai além da simples busca pelo riso, valendo-se do humor e da comicidade como instrumentos primordiais. Atualmente, essa expressão artística se entrelaça a diversas iniciativas voltadas para humanizar os serviços de saúde ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é resgatar a compreensão abrangente da saúde pública, cuidando não somente do aspecto físico do paciente, mas um cuidado psicológico contínuo e sem amarras, de modo que o paciente se sinta mais confortável em um ambiente tão desconfortável como o hospitalar. Nesse contexto, os palhaços, por meio de interações dinâmicas e imprevisíveis, visam desviar o foco dos pacientes de suas condições de saúde e sintomas físicos, direcionando-os para os aspectos positivos. Objetivo: Relatar a experiência de estudantes de Medicina do 2º período nas suas vivências durante o Projeto semestral de Palhaçaria e como ele impactou a vida daqueles que o foram beneficiados. Método: O projeto foi desenvolvido a partir do estudo de técnicas teatrais, ministrado por uma professora especialista na área. Primeiramente, foram realizados três encontros voltados para o preparo físico, psicológico e artístico dos acadêmicos, por meio de dinâmicas interativas que propunha a movimentação do corpo e da mente, para habituar os estudantes em um ambiente que precisariam ser sempre positivos e alegres, para transparecer isso aos pacientes atendido. Posteriormente a esse primeiro preparo foi necessário preparar as ações que seriam realizadas no hospital, levando em consideração que é um ambiente de alta transmissão de doenças infecciosas e todo o contato corporal com os indivíduos acamados, deveria ser minimizado, por mais que algumas vezes os próprios requisitam esse tipo de atitude da equipe. Após esse preparo, quando cada estudante já possuía seu nome artístico, repertório e caracterização de palhaço, o grupo deu início às cinco visitas a um hospital público em Belo Horizonte. Resultados: A partir disso, ao fazer uso da arte do humor e do improviso, os alunos aprimoraram suas habilidades de comunicação e adquiriram uma melhora na interação com os pacientes. Dessa forma foi nítida durante toda a estadia nos leitos a empolgação e a ansiedade dos pacientes quando sabiam que os palhaços estavam indo alegrar o seu dia. A empatia empregada no projeto foi essencial para identificar a situação difícil em que vários daqueles pacientes se encontravam, de modo que, alguns não podiam se locomover sem auxílio, ou estavam presos a sondas nasogástricas ou vesicais, tendo vários dos prazeres do dia a dia, como uma alimentação sólida ou cuidado da própria higiene restritos. Ao ouvir a história de vida de vários desses pacientes, foi nítido que muitas vezes eles estavam extremamente necessitados de alguém para os divertir e ouvir o que eles tem a dizer. Conclusão: O projeto permitiu aos acadêmicos vivenciar na prática os impactos positivos da palhaçaria na recuperação dos pacientes atendidos pelo SUS, através do alívio emocional, que não foi somente impactante a quem recebeu, mas também a quem exerceu esse cuidado
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