AVALIAÇÃO DO POTENCIAL HIPOGLICEMIANTE DO EXTRATO DE BACUPARI (Salacia elliptica) EM CAMUNDONGOS DIABÉTICOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i11.12560Palabras clave:
Diabetes mellitus. Fitoterapia. Hipoglicemia e Alfa-glicosidase.Resumen
O diabetes é uma doença metabólica crônica de origem múltipla, com elevado índice de casos, que o torna um grande problema de saúde mundial, sendo considerado uma das emergências de saúde global que mais crescem no século XXI. Em 2021, estima-se que 537 milhões de pessoas são portadores de diabetes, e esse número está projetado para chegar a 643 milhões em 2030, e 783 milhões até 2045. Com esse aumento significativo da doença o tratamento terapêutico alternativo utilizando plantas medicinais tem se tornado uma opção viável de tratamento de doenças crônicas, como o diabetes. O objetivo desse estudo é avaliar a capacidade hipoglicemiante do extrato bruto (etanólico) das folhas de bacupari em camundongos com diabetes tipo I induzidos por aloxana. Metodologia: O extrato foi elaborado após a secagem e trituração das folhas do Bacupari, pelo método de maceração em etanol na proporção 1:3 (massa:volume), sendo 500 gramas de folhas moídas imersas em 1,5L de etanol 92,8% à temperatura ambiente em 3 etapas de filtração, depois foi encaminhado para rotaevaporador a 40ºC para a finalização. Para testar o efeito do extrato bruto das folhas do Bacupai foram utilizados 60 Camundongos Swiss machos adultos pesando cerca de 50-60g, 30 deles foram selecionados para fazer do grupo controle (animais normais), e os outros 30 foram submetidos a indução de diabetes pela administração de aloxana, com dose de 150 mg/Kg via intraperitoneal. Depois foi realizada redistribuição dos animais conforme os grupos de tratamento, sendo 10 animais/grupo: Grupo Controle (C); Grupo Diabético Controle (DC); Grupo Salacia elliptica (extrato) (CS); Grupo Diabético + Salacia elliptica (extrato) (DS); Grupo Acarbose (inibidor α-glicosidase) (CA); Grupo Diabético + Acarbose (inibidor α-glicosidase) (DA). Cada animal antes de receber o seu tratamento recebeu uma dose de 10% de carboidratos (amido de milho) via gavagem. Após os tratamentos foi verificada a glicemia de cada animal por 240 min (4h) para analisar a influência dos tratamentos na glicemia pós-prandial. A aloxana comprovou sua atividade diabetogênica, desenvolvendo um alto percentual de condição diabética nos animais e baixa mortalidade. Quanto a efetividade do extrato etanólico das folhas de Bacupari (Salacia elliptica) foi constatado que a dose única de 400mg/Kg suprimiu (p<0,05) os níveis de glicose pós-prandial em camundongos não diabéticos. No entanto, essa redução não foi observada (p>0,05) nos animais diabéticos. Os efeitos do extrato bruto na diminuição da glicemia pós-prandial foram comprovados em animais normais, necessitando o desenvolvimento de novas pesquisas para compreender os efeitos bioquímicos do extrato do Bacupari no intuito de desenvolver e ofertar terapias que auxiliem no tratamento do diabetes.
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