SOROPREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O SARAMPO NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ, BRASIL (2016 – 2018) E A REINTRODUÇÃO DO VÍRUS EM 2018
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i11.12444Palabras clave:
Sarampo. Estudo soroepidemiológico. Vacina.Resumen
Considerado como uma doença de ocorrência mundial por sua capacidade de se espalhar em diversos países, o sarampo é um agravo imunoprevenível de notificação compulsória, afetando todas as faixas etárias. Em 1973 houve a criação do Programa Nacional de imunização (PNI) e em 1992 iniciou-se o Plano Nacional de Controle e Eliminação do sarampo juntamente com a implementação da vacina, estratégia que resultou no controle de acometidos pela doença nas Américas. E em 2016 o Brasil recebeu a certificação da eliminação da circulação do vírus. Entretanto, a reintrodução do vírus no país juntamente com razões que levaram a falhas na vacinação foi o que ocasionou surtos da doença em diversas cidades, incluindo Belém- PA, e levou o Brasil a perder a certificação em 2019. Este estudo analisou a soroprevalência de anticorpos contra o vírus do sarampo na população de Belém-PA entre a faixa etária de 15 a 39 anos relacionando com a reintrodução do vírus e destacou a importância da vacina. Tratou-se de uma análise retrospectiva, descritiva com abordagem soroepidemiologica de uma população oriunda do projeto “Inquérito soroepidemiológico do sarampo e da rubéola nos municípios de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil, 2016 a 2018”, usando somente dados referentes ao sarampo e as análises da reintrodução do vírus na população que contraiu a doença na cidade de Belém no período de 2018 a 2021. Os dados de reintrodução foram fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Belém. A população belenense apresentou 83,6% de soropositividade ao vírus do sarampo, sendo o sexo masculino o mais suscetível com 54,8% de reatividade a sorologia, detectando risco de ocorrências de surtos pelo vírus. Em 2018 surgiram os primeiros casos disseminando até o ano de 2021. Os maiores números de acometimentos foram em 2020, prevalecendo durante o período de 2018 a 2021 o sexo masculino com 55,5%, onde a maioria foi em não vacinados. O distrito administrativo com mais ocorrência foi o Distrito Administrativo Guamá - DAGUA com 33,9%. Foram detectados seis óbitos, todos em menores de ano. Em conclusão foi visto que houve a reintrodução do vírus em Belém, assim como previu o inquérito soroepidemiológico e que o convencimento a respeito à aceitação da vacina precisa ser trabalhado.
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