MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS DA INFECÇÃO POR RUBÉOLA CONGÊNITA

Resumen

A rubéola congênita é uma doença causada pela infecção do vírus da rubéola durante a gravidez, que pode provocar graves malformações fetais, como surdez, catarata, retinopatia, microcefalia, cardiopatia e retardo mental. As manifestações neurológicas da infecção por rubéola congênita são variadas e podem afetar tanto o sistema nervoso central quanto o periférico. Algumas das complicações neurológicas mais comuns são a encefalite, a meningite, a hidrocefalia, a calcificação intracraniana, a atrofia cerebral, a epilepsia, a paralisia cerebral, a neuropatia periférica e a síndrome de Guillain-Barré. Objetivo: avaliar as evidências científicas sobre as manifestações neurológicas da infecção por rubéola congênita, bem como os fatores de risco, o diagnóstico, o tratamento e a prevenção dessa condição. Metodologia: A metodologia desta revisão seguiu o protocolo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), que consiste em uma série de critérios para garantir a qualidade e a transparência das revisões sistemáticas. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Scielo, Web of Science, utilizando os seguintes descritores: “rubella”, “congenital rubella”, “neurological manifestations”, “neurological complications” e “neurodevelopmental disorders”. Foram incluídos apenas artigos publicados nos últimos 10 anos (2013-2023), em português ou inglês, que abordassem as manifestações neurológicas da infecção por rubéola congênita em humanos. Foram excluídos artigos que não fossem originais (revisões, editoriais, cartas), que não tivessem dados suficientes ou confiáveis, que tivessem duplicidade ou que não estivessem relacionados ao tema. Resultados: Foram selecionados 15 estudos. A epidemiologia da rubéola congênita no mundo e no Brasil, destacando a importância da vacinação para a eliminação da doença .Os mecanismos patogênicos da infecção por rubéola congênita no sistema nervoso, envolvendo a replicação viral, a resposta imune, a inflamação e a apoptose. Os fatores de risco para o desenvolvimento de manifestações neurológicas da infecção por rubéola congênita, como o período gestacional da infecção, a carga viral materna, o genótipo viral e as condições clínicas da mãe e do feto. Os métodos diagnósticos da infecção por rubéola congênita e suas manifestações neurológicas, incluindo testes sorológicos, moleculares, de imagem e neurológicos. Conclusão: A conclusão desta revisão foi que as manifestações neurológicas da infecção por rubéola congênita são graves e frequentes, podendo afetar diversos aspectos do desenvolvimento infantil. A prevenção é a melhor estratégia para evitar essa condição, sendo fundamental a imunização adequada das mulheres em idade fértil e das crianças. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem reduzir as sequelas neurológicas e melhorar o prognóstico dos casos.