AVALIAÇÃO CLÍNICA DO INFARTO PULMONAR EM GESTANTES

Resumen

A avaliação clínica do infarto pulmonar em gestantes é uma questão médica de extrema importância devido às complexidades envolvidas no diagnóstico e tratamento dessa condição durante a gravidez. Gestantes apresentam um risco aumentado de desenvolver infarto pulmonar devido a fatores como estase venosa, hipercoagulabilidade e compressão vascular pelo útero grávido. A apresentação clínica pode ser atípica, e o cuidado deve ser tomado para garantir tanto a saúde materna quanto a fetal durante a avaliação e o tratamento.  Objetivo: analisar e sintetizar a evidência disponível na literatura científica relacionada à avaliação clínica do infarto pulmonar em gestantes. Metodologia: seguiu o protocolo do checklist PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science e com os seguintes descritores: "pulmonary infarction," "pregnancy complications," "diagnosis," "treatment outcome," "systematic review". Critérios de Inclusão: Estudos publicados em inglês ou português, estudos que avaliaram casos de infarto pulmonar em gestantes, estudos que descreveram métodos diagnósticos utilizados durante a gravidez. Critérios de Exclusão: estudos que não se relacionavam diretamente com a avaliação clínica do infarto pulmonar em gestantes, estudos com desenhos inadequados, como relatos de caso não sistemáticos ou revisões narrativas, estudos sem dados disponíveis sobre métodos diagnósticos, tratamento ou desfechos maternos e fetais. Resultados: Foram selecionados 9 artigos. A revisão destacou a importância do uso de métodos diagnósticos como a angiografia pulmonar, a tomografia computadorizada (TC) e a cintilografia pulmonar na identificação do infarto pulmonar em gestantes. No entanto, a exposição à radiação ionizante foi uma preocupação, especialmente durante a gravidez. Os estudos analisados demonstraram a necessidade de um tratamento multidisciplinar envolvendo obstetras e pneumologistas. A anticoagulação com heparina de baixo peso molecular foi frequentemente indicada, mas a terapia trombolítica levantou preocupações devido ao risco de sangramento.Conclusão: A revisão sistemática destacou a complexidade da avaliação clínica do infarto pulmonar em gestantes. O diagnóstico preciso é desafiador devido à sobreposição de sintomas comuns da gestação, tornando essencial o uso de métodos diagnósticos avançados. O tratamento deve ser personalizado, levando em consideração os riscos e benefícios, e o acompanhamento próximo é fundamental para garantir desfechos favoráveis tanto para a mãe quanto para o feto.