DANOS À SAÚDE DAS POPULAÇÕES MARGINALIZADAS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UMA REALIDADE DECORRENTE DA NATURALIZAÇÃO DA NECROPOLÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.10875Palabras clave:
Saúde, População, Pandemias, COVID-19.Resumen
A COVID-19 surgiu na Península de Wuhan, na China, no entanto, poucos meses após o primeiro caso, a Organização Mundial da Saúde declarou estado de pandemia, de modo que algumas medidas para conter o vírus foram adotadas, como o isolamento social. Nesse sentido, o presente estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura e tem como objetivo analisar a interferência da necropolítica nos problemas de saúde das populações marginalizadas durante a pandemia da COVID-19. Assim, foi realizado um levantamento de artigos publicados nos anos de 2018 a 2022, escritos em português, inglês e espanhol. Para sua construção, foi utilizado como referência o DeCS- os Descritores em Ciência da Saúde, e os descritores utilizados para a busca dos escritos, foram: "COVID-19 AND Política AND Morte", que resultou em 27 artigos, nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e na Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Portanto, os estudos mostram que a necropolítica interferiu de forma significativa nos problemas das populações historicamente marginalizadas, pois apontam que a COVID-19 afetou os cidadãos de forma diferenciada, uma vez que os negros, os de menor renda e os moradores da periferia foram os mais prevalentes nas incidências de contaminação e morte pela patologia. Além disso, a necropolítica existente no país, especialmente durante a pandemia da COVID-19, expõe e reforça as desigualdades sociais que submeteram uma parcela significativa da população a uma maior suscetibilidade ao vírus e ao número assustador de mortes decorrentes dessa doença.
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