É PRECISO CONVERSAR SOBRE A EJA. FALTA DE INVESTIMENTOS, ESVAZIAMENTO E O FRACASSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: OS DESAFIOS QUE JOVENS E ADULTOS ENFRENTAM PARA TER DIREITO À EDUCAÇÃO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i5.9703Palavras-chave:
EJA. Políticas Públicas. Crise. Estudantes.Resumo
A pauta sobre a educação no Brasil inclusa na “Agenda 2030” da ONU - garantir que todos os jovens e adultos estejam alfabetizados até 2030 - esbarra nas sérias crises que a EJA - Educação de Jovens e Adultos, enfrenta atualmente no país. O fracasso das políticas públicas e a falta de fundos capitais a serem disponibilizados são os mais robustos motivos relativos à essa crise. Historicamente, o investimento em educação no Brasil vem declinando progressivamente desde o ano de 2010 até os dias atuais. Além disso, há a constatação sócio-histórica do progressivo esvaziamento da EJA no sistema de educação básica e que aponta para um processo de fechamento de escolas, turmas e a diminuição de matrículas. Entretanto há um grande contingente de brasileiros que ainda necessita concluir o Ensino Médio. O Movimento pela Base (2022) afirma que com boas políticas públicas e melhor investimento, o EJA pode proporcionar a muitos brasileiros melhores oportunidades de emprego e até ingresso em curso de nível superior. Para isso é necessário cessar o desmonte das políticas de EJA com governança democrática; promover ações de resgate da educação de pessoas jovens e adultas como direito humano e rever suas Diretrizes Curriculares Nacionais de forma a novamente considerar a situação socioeconômica e sociocultural do público da EJA. É de grande relevância conversar sobre essa modalidade educacional, colher a opinião dos estudantes sobre a EJA. A autora do presente artigo desenvolveu um estudo de caso com uma amostra de estudantes das escolas Escola de Ensino Fundamental Herondina Lima Cavalcante e Escola de Ensino Fundamental Cristo Redentor, ambas localizadas na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Os dados obtidos por meio do instrumento questionário semiestruturado foram coletados e tratados estatisticamente no programa Excel. Os resultados revelaram que a maioria dos estudantes de ambas as escolas afirmaram necessitar da EJA, se sentem motivados a continuar os estudos e terminar o ensino médio. Ao serem interrogados sobre como a EJA poderia melhorar, os estudantes pontuaram sobre a flexibilidade de horário; maiores investimentos na escola; novos métodos de ensino; acesso às tecnologias de informação e inclusão digital.
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