ESCOLAS PÚBLICAS MILITARIZADAS COMO FORMA DE VIOLÊNCIA LEGÍTIMA DO ESTADO SOBRE OS ESTUDANTES DA CLASSE TRABALHADORA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v7i4.966Resumo
O presente estudo tem por objetivos compreender de que forma o Estado exerce a violência legítima nas escolas públicas militarizadas e revelar as contradições entre o discurso de militarização e o cotidiano das escolas já militarizadas. A metodologia constituiu de revisão de dissertações de Mestrado que investigaram as escolas militarizadas para mostrar as contradições reais do que de fato acontece nessas escolas e as Portarias no 01/2019 e no 09/2019 que consolidaram o projeto Escolas de Gestão Compartilhada, transformando quatro escolas públicas do Distrito Federal em Colégios da Polícia Militar. Como fundamentação, utilizamos a Pedagogia Histórico-crítica e a Teoria Crítica, sobretudo com Bourdieu (sistema de ensino enquanto violência simbólica) e Althusser (aparelhos ideológicos e repressores do Estado). Para compreensão dos conceitos de violência e Estado, buscamos em Weber a sua leitura sobre o Estado Moderno como detentor da violência legítima. O estudo revelou que o Estado exerce violência sobre os estudantes da classe trabalhadora por meio dos aparelhos ideológicos e repressores representados pela escola e pela polícia militar em forma de políticas educacionais; as contradições entre o discurso de militarização e o cotidiano das escolas já militarizadas revelam o alinhamento às políticas educacionais neoliberais.
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