INTERFERON-I COMO ALVO TERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: USO DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS ANIFROLUMABE, RONTALIZUMABE E SIFALIMUMABE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i1.8303Palavras-chave:
Lúpus. Interferon I. Anifrolumabe. Rontalizumabe. Sifalimumabe.Resumo
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica de origem autoimune, caráter sistêmico e multifatorial que possui uma maior prevalência entre as mulheres em idade fértil, mas que pode se manifestar durante a infância e também acometer indivíduos do sexo masculino. No LES, é possível observar uma desregulação do sistema imunológico através da perda da tolerância aos antígenos do próprio corpo e produção de auto-anticorpos que se depositam nos tecidos, podendo afetar diversos sistemas corporais. Citocinas como o interferon-I apresentam um papel central na patogênese do LES, pois apresentam um papel-chave da modulação da inflamação a nível sistêmico e dano tecidual local. Objetivo: avaliar sistematicamente o desfecho de pacientes com lúpus ativo submetidos ao tratamento com anticorpos monoclonais anti interferon I, como o anifrolumabe, rontalizumabe sifalimumabe. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática de literatura através da busca por artigos científicos indexados em bancos de dados como PubMed e MedLine publicados entre os anos de 2012 e 2022. Cerca de 176 artigos foram considerados inicialmente, mas, após a aplicação dos critérios de elegibilidade, somente 8 artigos foram incluídos nesta revisão. Resultados e discussão: O uso de antagonistas e neutralizadores de interferon I promovem um bloqueio significativo da interferonopatia do tipo I em pacientes lúpicos, todavia, o seu uso está associado a uma maior incidência de eventos adversos, como maior suscetibilidade a infecções virais, como influenza e hérpes-zóster. Conclusão: A presente revisão demonstra que embora o interferon I possua um papel importante na patogênese do lúpus, é imprescindível analisar os possíveis riscos e benefícios do uso das terapias biológicas anti interferon I, analisando o histórico de doenças virais e presença de infecções agudas, uma vez que os pacientes lúpicos estão mais suscetíveis a infecções oportunistas e o interferon I apresenta um papel fundamental na supressão da replicação viral.
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