INTERFERON-I COMO ALVO TERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: USO DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS ANIFROLUMABE, RONTALIZUMABE E SIFALIMUMABE

Autores

  • Victória Cabral de Souza Universidade Salvador- UNIFACS
  • Roberto de Barros Silva Universidade Salvador- UNIFACS
  • Caique Antunis Universidade Salvador- UNIFACS

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v9i1.8303

Palavras-chave:

Lúpus. Interferon I. Anifrolumabe. Rontalizumabe. Sifalimumabe.

Resumo

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença crônica de origem autoimune, caráter sistêmico e multifatorial que possui uma maior prevalência entre as mulheres em idade fértil, mas que pode se manifestar durante a infância e também acometer indivíduos do sexo masculino. No LES, é possível observar uma desregulação do sistema imunológico através da perda da tolerância aos antígenos do próprio corpo e produção de auto-anticorpos que se depositam nos tecidos, podendo afetar diversos sistemas corporais. Citocinas como o interferon-I apresentam um papel central na patogênese do LES, pois apresentam um papel-chave da modulação da inflamação a nível sistêmico e dano tecidual local. Objetivo: avaliar sistematicamente o desfecho de pacientes com lúpus ativo submetidos ao tratamento com anticorpos monoclonais anti interferon I, como o anifrolumabe, rontalizumabe sifalimumabe. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática de  literatura através da busca por artigos científicos indexados em bancos de dados como PubMed e MedLine publicados entre os anos de 2012 e 2022. Cerca de 176 artigos foram considerados inicialmente, mas, após a aplicação dos critérios de elegibilidade, somente 8 artigos foram incluídos nesta revisão. Resultados e discussão: O uso de antagonistas e neutralizadores de interferon I promovem um bloqueio significativo da interferonopatia do tipo I em pacientes lúpicos, todavia, o seu uso está associado a uma maior incidência de eventos adversos, como maior suscetibilidade a infecções virais, como influenza e hérpes-zóster. Conclusão: A presente revisão demonstra que embora o interferon I possua um papel importante na patogênese do lúpus, é imprescindível analisar os possíveis riscos e benefícios do uso das terapias biológicas anti interferon I, analisando o histórico de doenças virais e presença de infecções agudas, uma vez que os pacientes lúpicos estão mais suscetíveis a infecções oportunistas e o interferon I apresenta um papel fundamental na supressão da replicação viral.

Biografia do Autor

Victória Cabral de Souza, Universidade Salvador- UNIFACS

Graduanda em Farmácia pela Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador - Bahia (BA) - Brasil. 

Roberto de Barros Silva, Universidade Salvador- UNIFACS

Doutor em Farmacologia  pela  King's College  London; pós  doutor  em  Farmacologia  pela ICB- USP; docente do curso de Medicina da  Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador - Bahia (BA) - Brasil.

Caique Antunis, Universidade Salvador- UNIFACS

Biomédico, mestre em Ciências com área de concentração Epidemiologia Molecular e Medicina Investigativa, pelo Programa de pós-graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa (PgBSMI) do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz (FIOCRUZ-BA); docente do curso de Farmácia e Biomedicina da Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador - Bahia (BA) - Brasil.

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Publicado

2023-01-31

Como Citar

Souza, V. C. de ., Silva, R. de B. ., & Antunis, C. . (2023). INTERFERON-I COMO ALVO TERAPÊUTICO NO TRATAMENTO DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: USO DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS ANIFROLUMABE, RONTALIZUMABE E SIFALIMUMABE. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 9(1), 717–731. https://doi.org/10.51891/rease.v9i1.8303