O ACONSELHAMENTO FILOSÓFICO COMO CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DA PESSOA HUMANA, SEGUNDO EDITH STEIN

Resumo

O Aconselhamento filosófico nasce da tese de que a filosofia deve ultrapassar os muros das universidades e, por isso, deve ser inserida de maneira prática no nosso cotidiano. Iniciado por Gerd B. Anchenbach em 1982 na Alemanha, essa nova concepção de filosofia expandiu-se pelo mundo inteiro, assumindo diversas nomenclaturas. Seus critérios, abordagens e métodos tornaram-se cada vez mais eficaz, ao ponto de promover e oferecer o auxílio necessário para a própria formação da pessoa enquanto tal. Nem sempre podemos compreender os problemas existenciais e periféricos da vida, por isso, muitos dos problemas não podem ser tratados do ponto de vista psicológico ou psiquiátrico, mas podem ser compreendidos e resolvidos a partir do Aconselhamento filosófico, que não é uma terapia para os doentes, mas para os são. No entanto, é possível por meio dos questionamentos filosóficos universais, tratar questões básicas inerentes ao ser humano: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Segundo Edith Stein, o caminho para a formação da pessoa humana, depende de tais reflexões que, através de um processo contínuo de interiorização e busca pela verdade, permite o indivíduo despertar suas forças interiores e formadoras em vista da busca do seu núcleo central. Sendo assim, descrevendo a estrutura do ser humano e apresentando o conceito de formação a partir de seu método fenomenológico, Edith Stein afirma que, a formação humana consiste em ir em busca do núcleo pessoal, ou seja, descobrir o que temos de originalidade (ser individual, identidade) a fim de encontrar-se com eu mais verdadeiro e libertar-se dos reveres da vida, tornando-se sujeito da própria história. Contudo, o Aconselhamento filosófico com base na maiêutica socrática: “conhece-te a si mesmo” contribui de maneira qualitativa na formação da pessoa humana, permitindo que o indivíduo encontre através da reflexão, a luz para chegar a essência do seu próprio ser.