PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE NO BRASIL, ENTRE 2015 E 2019
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v8i7.6240Palavras-chave:
Hanseníase. Hanseníase multibacilar. Hanseníase paucibacilar. Mycobacterium leprae.Resumo
A hanseníase é uma das principais causas preveníveis de incapacidade funcional no mundo, sendo que de 16 a 65% dos portadores cursam com danos irreversíveis. Além das deformidades, os pacientes geralmente apresentam menor qualidade de vida e 80% dos casos registrados no mundo estão concentrados na Índia, Brasil e Indonésia. O presente estudo tem o objetivo de analisar a incidência da hanseníase no Brasil, entre 2015 e 2019, traçando perfil epidemiológico dos portadores da doença. Foi realizado estudo observacional e transversal, a partir de dados secundários do Sistema de Informações de Notificações e Agravos (SINAN) e da Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (IVIS/MS). De 2015 a 2019 foram notificados 177.038 casos novos de hanseníase em território brasileiro, concentrados principalmente na região Nordeste, em indivíduos do sexo masculino, pardos, com ensino fundamental incompleto, sob a forma multibacilar e dimorfa; 7,4% cursavam com incapacidade funcional grau 2 ao diagnóstico. A taxa de detecção anual da doença aumentou desde 2016, apesar das estratégias globais para redução da hanseníase. O grande número de portadores da forma multibacilar é preocupante, pelo fato de ser mais grave e mais transmissível. O aumento de indivíduos com incapacidade ao diagnóstico é sinal de diagnóstico tardio e demora na procura de serviços de saúde, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de deficiências permanentes. Diante disso, é necessário que o país realize políticas de promoção em saúde para as populações mais vulneráveis, a fim de reduzir a perpetuação da doença.
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