O DEBATE PSICOLÓGICO E FILOSÓFICO SOBRE A TEORIA DO RECONHECIMENTO NA VISÃO DE AXEL HONNETH: O QUE TORNA UMA PESSOA FELIZ

Resumo

O debate psicológico sobre a teoria do reconhecimento adquire relevância significativa na atualidade, uma vez que ser reconhecido para o indivíduo quer seja socialmente, politicamente ou culturalmente, relaciona-se a procura pelo respeito e pela autonomia. Em torno desse debate, a Psicologia, por meio do estudo da subjetividade e a Filosofia por meio do pensamento ético-político quanto ao conceito de reconhecimento encontra na teoria crítica do filósofo e sociólogo Axel Honneth uma forma de elucidar a relação existente entre subjetividade e intersubjetividade. O objetivo deste artigo foi compreender o pensamento ético-político dos aspectos filosóficos de Axel Honneth sobre a teoria do reconhecimento, estabelecendo um percurso filosófico-psicológico quanto à importância de tornar uma pessoa feliz. A meta final foi incursionar conhecimentos sobre o tema reconhecimento nas teorias de Hegel e Axel Honneth; diferenciar a subjetividade filosófica e psicológica quanto ao tema reconhecimento; refletir sobre as questões da intersubjetividade na problemática do reconhecimento na Filosofia e na Psicologia e; identificar as relações entre o reconhecimento e a felicidade. Como recurso metodológico, presentifica-se a Fenomenologia de Martin Buber e do Espírito de Hegel estabelecendo um verdadeiro tratado sobre o reconhecimento que vem a defender conceitos como: moralidade, eticidade e da subjetividade, em conjunto a psicanálise lacaniana. A finalidade é construir uma compreensão do reconhecimento por meio das ideias filosóficas, conceitos psicológicos e dos argumentos críticos que Honneth desenvolvem uma trajetória e um arcabouço argumentativo em torno da temática do reconhecimento e sobre o que torna uma pessoa feliz permitindo apresentar críticas às ideias de outros filósofos ao falar sobre o tema reconhecimento.