ENTRE O QUE NUNCA TIVE E O QUE ME TIRARAM: VULNERABILIDADE, ACOLHIMENTO E REINTEGRAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.23229Palavras-chave:
Acolhimento institucional. Egressos. Transição para a vida adulta. Inclusão social.Resumo
O presente estudo retrata a triste realidade de adolescentes acolhidos em abrigos institucionais que constantemente são vitimizados pelo Estado, que, por imposição legal, ao completarem 18 anos, será empurrado para uma nova forma de vulnerabilidade. Expondo uma incongruência entre o que a legislação promete e o que efetivamente é entregue no processo de reintegração social desses jovens que não tiveram garantidos os direitos afetivos e estruturais mais básicos, ou seja, serão novamente violentados de forma abrupta por mecanismos legais que os privarão do que nunca tiveram. Surge então o questionamento central desse trabalho: as medidas previstas no ECA e na legislação vigente realmente protegem e incluem esses jovens no momento do desligamento compulsório? O objetivo geral é avaliar a eficácia das medidas de proteção e inclusão social aplicáveis à reintegração de jovens egressos das instituições de acolhimento. Como objetivos específicos, pretende-se: compreender quais desafios aparecem logo após o desligamento; verificar onde as políticas públicas falham no acompanhamento; observar quais apoios realmente chegam ao jovem e apontar mudanças possíveis na rede de proteção. A metodologia utilizada é qualitativa e documental, baseada na análise do ECA, de legislações correlatas e de fontes bibliográficas tematicamente relevantes. Busca-se, assim, contribuir para a construção de trajetórias mais seguras e dignas para jovens que ingressam na vida adulta sem apoio familiar, fortalecendo mecanismos de transição assistida e reduzindo o impacto da ruptura institucional.
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