SAÚDE MENTAL DE MULHERES NO PUERPÉRIO: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS DE CUIDADO NA ENFERMAGEM
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.23166Palavras-chave:
Desafios. Enfermagem. Puerpério. Saúde Mental.Resumo
Introdução: A gestação e o puerpério representam etapas marcadas por intensas transformações físicas, emocionais e sociais, tornando as mulheres mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão pós-parto, ansiedade, baby blues e outras manifestações psíquicas. Nesse contexto, a enfermagem assume papel central na identificação precoce de sintomas, no acompanhamento contínuo e na implementação de estratégias de cuidado que promovam saúde mental e bem-estar materno. Objetivo: Analisar os principais desafios enfrentados pela enfermagem na assistência à saúde mental de mulheres no puerpério. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases SciELO e LILACS, utilizando os descritores saúde mental, puerpério e enfermagem, associados pelo operador booleano and. Foram incluidos artigos publicados entre 2020 e 2025, disponíveis na íntegra em português ou idioma estrangeiro. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, sete estudos compuseram a amostra final, sendo analisados e discutidos conforme seus achados. Resultados e discussões: Os estudos evidenciaram que os transtornos psíquicos no puerpério têm alta prevalência e impacto significativo na qualidade de vida materna, no vínculo mãe-bebê e no ambiente familiar. Fatores como alterações hormonais, insegurança, medo, ansiedade, falta de rede de apoio e ausência de orientação adequada contribuem para o agravamento do sofrimento emocional. A literatura destaca desafios enfrentados pela enfermagem, como a identificação precoce de sinais de adoecimento mental, a necessidade de capacitação profissional, barreiras na comunicação com as puérperas e a insuficiência de políticas de suporte em saúde mental. Em contrapartida, estratégias como o cuidado humanizado, o aconselhamento em saúde mental perinatal, a educação em saúde e a qualificação dos profissionais mostraram-se eficazes na redução de sintomas depressivos, na melhora da autoeficácia e no fortalecimento do vínculo materno. Conclusão: A revisão demonstrou que a enfermagem desempenha papel essencial na promoção da saúde mental de mulheres no puerpério, embora enfrente desafios estruturais, assistenciais e formativos. A capacitação contínua, a adoção de práticas humanizadas e o fortalecimento das redes de apoio são fundamentais para aprimorar o cuidado e prevenir agravos emocionais. Os achados reforçam a importância de ampliar estudos e investir em políticas públicas que valorizem o cuidado integral à mulher no ciclo gravídico-puerperal.
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