VENDA CASADA E PRÁTICAS ABUSIVAS NAS RELAÇÕES DE CONSUMO NO BRASIL

Autores

  • Andreia de Souza Pereira Faculdade Santo Antônio
  • Leandro Santos Araújo Faculdade Santo Antônio
  • Luiz Márcio dos Santos Faculdade Santo Antônio

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.23051

Palavras-chave:

Imunidades parlamentares. PEC da Blindagem. Voto secreto. Transparência. Responsabilidade política.

Resumo

Para iniciarmos esta análise, é fundamental compreender o contexto da proteção constitucional e legal das imunidades parlamentares no Brasil, tomando como marco o artigo 53 da Constituição Federal de 1988, que garante aos membros do Congresso Nacional prerrogativas específicas no exercício do mandato. Essas imunidades, tanto material quanto formal, foram instituídas para preservar a independência e o livre exercício das funções legislativas, evitando pressões indevidas dos demais Poderes. Entretanto, recentes propostas de alteração, como a denominada PEC da Blindagem, reacendem o debate sobre os limites dessas garantias e o risco de retrocesso democrático caso se amplie o distanciamento entre representantes e representados. Agora que estabelecemos a origem e os objetivos deste artigo, cabe discutir como as propostas de reforma constitucional vêm impactando o equilíbrio entre autonomia parlamentar, transparência e responsabilização política, especialmente diante da possibilidade de restabelecimento do voto secreto para autorizar processos criminais contra parlamentares. Focaremos em três aspectos principais: imunidades parlamentares e seus fundamentos constitucionais, com análise das prerrogativas conferidas pelo artigo 53 da Constituição e seus limites frente aos princípios republicano, da moralidade e da igualdade; o voto secreto e a transparência institucional, examinando as implicações democráticas da PEC da Blindagem e o confronto entre o sigilo do voto e o dever constitucional de publicidade dos atos públicos; e a responsabilidade e o controle político, refletindo sobre o papel do Supremo Tribunal Federal, do Ministério Público e da sociedade civil na contenção de eventuais abusos das prerrogativas parlamentares. Por fim, apresentaremos de modo claro e objetivo os impactos dessas reformas sobre o funcionamento do Estado Democrático de Direito, convidando o leitor a refletir sobre os desafios, tensões e consequências institucionais de se alterar garantias constitucionais historicamente destinadas à proteção da democracia, mas que, em determinados contextos, podem se converter em instrumentos de impunidade política.

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Biografia do Autor

Andreia de Souza Pereira, Faculdade Santo Antônio

Discente do curso de Direito, Faculdade Santo Antônio.

Leandro Santos Araújo, Faculdade Santo Antônio

Discente do curso de Direito, Faculdade Santo Antônio.

Luiz Márcio dos Santos, Faculdade Santo Antônio

Orientador do curso de Direito, Faculdade Santo Antônio.

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Publicado

2025-12-07

Como Citar

Pereira, A. de S., Araújo, L. S., & Santos, L. M. dos. (2025). VENDA CASADA E PRÁTICAS ABUSIVAS NAS RELAÇÕES DE CONSUMO NO BRASIL. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(12). https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.23051