PRISÃO PROVISÓRIA E PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA NO BRASIL: CASO DA OPERAÇÃO LAVA JATO E SEUS IMPACTOS NO SISTEMA PENAL

Autores

  • Samuel Silva Brasilino UNIFAESF
  • Halanda Vitória Martins Ribeiro UNIFAESF
  • João Paulo Borges de Oliveira UNIFAESF
  • Italo Cristiano Silva e Souza UNIFAESF

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.22976

Palavras-chave:

Prisão provisória. Presunção de inocência. Operação Lava Jato. Direitos fundamentais.

Resumo

A presente pesquisa teve como objetivo analisar a aplicação da prisão provisória no contexto da Operação Lava Jato, verificando sua compatibilidade com o princípio constitucional da presunção de inocência. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, utilizando-se da técnica de revisão narrativa, a partir de análise bibliográfica e documental. A busca de estudos foi realizada em legislações, doutrinas, decisões judiciais e artigos científicos disponíveis em plataformas digitais, bem como em bases oficiais do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os critérios de inclusão foram obras, textos jurídicos e decisões publicados integralmente em língua portuguesa e disponíveis online; os critérios de exclusão foram aqueles que não atenderam às exigências mencionadas. Verificou-se que a prisão provisória, medida cautelar de natureza excepcional, foi amplamente utilizada durante a Operação Lava Jato, muitas vezes com finalidades que extrapolaram seu caráter preventivo, assumindo contornos de punição antecipada. Tal prática contribuiu para a relativização do princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, e para o fortalecimento de uma lógica punitivista no sistema penal brasileiro. Constatou-se ainda que decisões paradigmáticas do STF, como as proferidas nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade nº 43, 44 e 54, bem como no Habeas Corpus nº 164.493/PR, reafirmaram a centralidade das garantias constitucionais, representando uma resposta institucional aos excessos cometidos no âmbito da operação. A análise demonstrou que o uso indiscriminado da prisão preventiva compromete a legitimidade da justiça criminal e evidencia a necessidade de observância estrita aos princípios da necessidade, proporcionalidade e legalidade. Concluiu-se que o fortalecimento do Estado Democrático de Direito depende da adoção de práticas cautelares compatíveis com o garantismo penal, assegurando que a prisão provisória seja efetivamente uma medida excepcional e que o respeito aos direitos fundamentais prevaleça mesmo em cenários de grande pressão social e política.

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Biografia do Autor

Samuel Silva Brasilino, UNIFAESF

Discente da UNIFAESF. Superior incompleto. 

Halanda Vitória Martins Ribeiro, UNIFAESF

Discente da UNIFAESF, Superior incompleto. 

João Paulo Borges de Oliveira, UNIFAESF

Discente da unifaesf, Superior incompleto.

Italo Cristiano Silva e Souza, UNIFAESF

Orientador. Professor Unifaesf. Mestre em História do Brasil UFPI. 

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Publicado

2025-12-02

Como Citar

Brasilino, S. S., Ribeiro, H. V. M., Oliveira, J. P. B. de, & Souza, I. C. S. e. (2025). PRISÃO PROVISÓRIA E PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA NO BRASIL: CASO DA OPERAÇÃO LAVA JATO E SEUS IMPACTOS NO SISTEMA PENAL . Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(12), 386–402. https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.22976