ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO NORDESTE DO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22733Palavras-chave:
Violência Obstétrica. Humanização. Mulheres. Vulnerabilidade.Resumo
A Violência Obstétrica constitui violação dos direitos humanos e afeta a experiência gestacional, marcada por vulnerabilidades físicas, emocionais e sociais. Persistem práticas desrespeitosas, como intervenções sem consentimento e negligência, especialmente entre mulheres jovens e com baixa escolaridade. Este estudo busca evidenciar os principais obstáculos que favorecem a ocorrência dessa violência, destacando a importância de práticas humanizadas no cuidado materno-infantil. Estudo descritivo baseado em dados secundários do DATASUS, referentes a 2015-2025, incluindo variáveis de faixa etária, escolaridade e natureza dos atendimentos. Os dados foram tabulados no TabNet e analisados por estatística descritiva. A maioria das notificações ocorreu entre mulheres de 18-24 anos. Observou-se predominância de vítimas com ensino médio completo ou fundamental incompleto. Toques vaginais repetidos, negligência, abuso psicológico e intervenções desnecessárias foram práticas frequentes. Mulheres em vulnerabilidade econômica e com baixo nível educacional apresentaram maior risco. Os achados reforçam desigualdades estruturais e a institucionalização da violência, agravada pelo desconhecimento dos direitos e pela falta de humanização na assistência. A ausência de acompanhantes e intervenções sem consentimento evidencia falhas éticas persistentes. É essencial fortalecer políticas públicas, qualificar profissionais e promover educação em saúde para garantir autonomia, respeito e segurança no parto. Assim reduzir a violência obstétrica exige ações contínuas e integradas.
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