ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA EXACERBAÇÃO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS INDUZIDOS POR MEDICAMENTOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v3i02.22605Palavras-chave:
Depressão. Enfermagem. Medicalização.Resumo
A depressão, enquanto transtorno de alta prevalência e impacto significativo na saúde pública, demanda intervenções clínicas seguras e fundamentadas. Nesta perspectiva, esta pesquisa teve como propósito analisar de que forma o uso inadequado de medicações psicotrópicas pode agravar o quadro depressivo em pacientes já diagnosticados, reconhecendo a importância do manejo farmacológico adequado e do papel da enfermagem na promoção de um cuidado seguro e humanizado. A investigação foi conduzida a partir de uma abordagem qualitativa, desenvolvida por meio de uma revisão integrativa realizada em bases científicas como a Biblioteca Virtual em Saúde e o Google Acadêmico. Foram selecionados artigos publicados entre 2020 e 2025, em português, disponíveis na íntegra, e que abordavam temas relacionados à depressão, ao uso de psicotrópicos e às práticas de enfermagem na monitorização clínica. A análise contemplou aspectos como os riscos associados à medicalização inadequada, os impactos clínicos das classes de medicamentos mais relacionadas ao agravamento dos sintomas depressivos, e as estratégias de intervenção utilizadas pela enfermagem, sendo a síntese final organizada a partir da leitura crítica dos estudos selecionados. Os resultados evidenciaram que a prescrição ou o uso inadequado de determinadas classes de medicamentos, como corticosteroides, benzodiazepínicos e opioides, pode favorecer a intensificação dos sintomas depressivos, gerar instabilidade emocional e comprometer o progresso terapêutico dos pacientes. Além disso, constatou-se que a atuação do enfermeiro é decisiva no processo de prevenção desses agravos, especialmente por meio da monitorização contínua dos efeitos adversos, da educação em saúde e da avaliação sistemática do uso de psicotrópicos. Assim, o estudo demonstra que a qualificação das práticas de enfermagem, aliada ao acompanhamento clínico adequado, representa uma estratégia essencial para reduzir riscos, promover segurança e contribuir para a efetividade do tratamento da depressão, reforçando a necessidade de práticas assistenciais mais integradas, conscientes e humanizadas.
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