SEGURANÇA E SAÚDE PÚBLICA NAS FRONTEIRAS: A IMPORTÂNCIA DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ NO CONTROLE DO CONTRABANDO DE ANABOLIZANTES

Resumo

O contrabando de anabolizantes e hormônios sintéticos do Paraguai para o Brasil, especialmente pela “tríplice fronteira” no Paraná, representa um desafio crescente à segurança pública e à saúde coletiva. A vulnerabilidade geográfica, social e econômica da região facilita a entrada desses produtos, que circulam por rotas clandestinas com ampla participação de organizações criminosas estruturadas. A Polícia Militar do Paraná (PMPR), por meio do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), batalhões regionais e da Polícia Rodoviária Estadual, tem atuado intensamente na repressão a esse comércio ilegal, utilizando tecnologia, patrulhamento ostensivo e operações integradas com outros órgãos, como a Receita Federal e a Vigilância Sanitária (Brasil, 2022). O estudo documental entre 2018 e 2025 revela crescimento expressivo das apreensões, evidenciando a escalada do tráfico e a complexidade operacional enfrentada pela PMPR. A presença de múltiplos pontos de passagem não oficiais, conhecidos como “fronteira porosa”, e as desigualdades socioeconômicas locais potencializam a circulação clandestina dos anabolizantes (ANVISA, 2022). Considerando os danos à saúde pública causados pelo uso indiscriminado desses produtos, a repressão qualificada e a integração institucional são fundamentais. A PMPR destaca-se não apenas pela contenção do fluxo, mas também pela desarticulação das redes criminosas, com ações preventivas e educativas como instrumentos complementares. Portanto, o fortalecimento dos recursos humanos, tecnológicos e da cooperação interinstitucional constitui medida essencial para o enfrentamento eficaz do contrabando, reduzindo seus impactos socioculturais e sanitários na região fronteiriça do Paraná.