DIFERENÇAS NO NÍVEL DE CONHECIMENTO, ATITUDES E PRÁTICAS SOBRE SAÚDE ORAL ENTRE ESTUDANTES DE DIFERENTES INSTITUIÇÕES TÉCNICO-PROFISSIONAIS DA CIDADE DE NAMPULA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21703Palavras-chave:
Saúde oral. Literacia em saúde. Estudantes. Ensino técnico-profissional. Cárie dentária. Nampula. Moçambique.Resumo
Introdução. A literacia e os comportamentos em saúde oral condicionam directamente a carga de cárie dentária e outras doenças orais, que permanecem altamente prevalentes em países africanos, incluindo Moçambique, apesar de serem em grande medida preveníveis. Objectivo. Comparar conhecimento, atitudes e práticas (CAP) sobre saúde oral entre estudantes de quatro instituições técnico-profissionais de Nampula e identificar variações institucionais com implicações pedagógicas alinhadas às agendas nacional e regional. Métodos. Estudo transversal analítico com dados agregados de quatro instituições (Tenha Esperança, IGCS, Polivalente de Marrere e IFP de Marrere), com comparações interinstitucionais por qui-quadrado e V de Cramér, em linha com práticas de análise de inquéritos CAP aplicadas em Moçambique e região Resultados. Entre 325 estudantes, observou-se heterogeneidade estatisticamente significativa entre instituições em: causa da cárie (χ²=96,7; p<0,001; V=0,315), frequência correcta de escovagem (χ²=93,3; p<0,001; V=0,309), importância do fio (χ²=55,0; p<0,001), procura de dentista perante dor (χ²=95,6; p<0,001), escovagem ≥2x/dia (χ²=17,6; p<0,001), uso regular de fio (χ²=65,0; p<0,001), substituição da escova (χ²=153,4; p<0,001; V=0,384) e orientação profissional (χ²=183,3; p<0,001), além de um efeito grande na regularidade de visita ao dentista nos três estabelecimentos com dados (χ²=199,3; p<0,001; V=0,651), consistente com disparidades previamente observadas em Moçambique. Conclusões. Diferenças institucionais relevantes em CAP sugerem que adopções curriculares dirigidas, conteúdos práticos, promoção de visitas preventivas e treino de higiene interproximal, podem reduzir disparidades, em consonância com as prioridades da Estratégia Global de Saúde Oral 2023–2030 e do enquadramento regional africano (WHO, 2024; WHO/AFRO, 2025).
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