SAÚDE METABÓLICA COMO DETERMINANTE DA FERTILIDADE FEMININA: REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE OBESIDADE, RESISTÊNCIA INSULÍNICA E TERAPIAS EMERGENTES
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21519Palavras-chave:
Infertilidade feminina. Obesidade. Resistência insulínica. Terapias metabólicas. Síndrome dos ovários policísticos.Resumo
A infertilidade associada à obesidade e à resistência insulínica configura um marcador clínico de desordem metabólica sistêmica e representa um dos principais desafios da saúde reprodutiva contemporânea. Este estudo teve como objetivo integrar as evidências recentes sobre o impacto de intervenções metabólicas — mudanças de estilo de vida, terapias farmacológicas e cirurgia bariátrica — nos desfechos reprodutivos de mulheres com infertilidade associada à obesidade e síndrome dos ovários policísticos. Realizou-se busca nas bases PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), restringindo-se aos últimos cinco anos, resultando em 26 artigos incluídos após aplicação dos critérios de elegibilidade. Os resultados demonstraram que a restauração da fertilidade está diretamente relacionada à magnitude da melhora metabólica. Intervenções de estilo de vida apresentam benefícios modestos, mas limitados. A metformina mantém papel relevante, enquanto agonistas do GLP-1 e inibidores de SGLT2 emergem como alternativas promissoras para indução da ovulação e aumento das taxas de gestação. Em casos de obesidade grave, a cirurgia bariátrica demonstrou efeito consistente na recuperação da ovulação, redução de complicações obstétricas e incremento da taxa de nascidos vivos. Conclui-se que a saúde metabólica deve ser reconhecida como determinante essencial da fertilidade feminina, e que a incorporação estratégica de terapias farmacológicas inovadoras e da cirurgia metabólica pode redefinir a prática clínica e orientar políticas públicas voltadas à saúde da mulher.
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