OBESIDADE E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: NOVOS PARADIGMAS NO MANEJO FARMACOLÓGICO E METABÓLICO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21409Palavras-chave:
Obesidade. Insuficiência cardíaca. HFpEF. Terapias farmacológicas. Cirurgia bariátrica.Resumo
A obesidade consolidou-se como determinante fenotípico da insuficiência cardíaca, especialmente na fração de ejeção preservada (HFpEF), em que afeta até metade dos pacientes e está associada a remodelamento cardíaco, inflamação persistente, disfunção metabólica e intolerância ao esforço. Este estudo revisou criticamente a literatura publicada entre 2020 e 2025 nas bases PubMed, LILACS e BVS, seguindo recomendações do PRISMA adaptadas. Dos 563 artigos identificados, 26 foram incluídos por relevância e qualidade científica. As evidências apontam que os inibidores de SGLT2 reduzem em aproximadamente 20% os eventos cardiovasculares maiores em HFpEF, enquanto os agonistas do receptor de GLP-1 e a tirzepatida promovem perda ponderal superior a 10% e reduções de até 38% em desfechos compostos, com melhora funcional e de qualidade de vida. No campo intervencionista, a cirurgia bariátrica mostrou reduzir a mortalidade cardiovascular em até 50%, enquanto programas de reabilitação e exercício estruturado aumentaram o VO₂ pico em cerca de 10–15%, mesmo sem perda ponderal expressiva. Esses resultados sustentam uma mudança de paradigma, em que a obesidade deixa de ser apenas fator de risco e passa a ser alvo terapêutico estratégico no manejo da insuficiência cardíaca.
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