IMPACTO DE ZIKA VÍRUS NAS GESTANTES DO BRASIL: ESTUDO ECOLÓGICO (2016-2024)
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21353Palavras-chave:
Zika vírus. Gestantes. Epidemiologia.Resumo
Este artigo analisou a distribuição e os impactos da infecção pelo vírus Zika (ZIKV) em gestantes brasileiras entre 2016 e 2024, por meio de um estudo ecológico e descritivo com dados do SINAN/DATASUS de mulheres diagnosticadas com ZIKV (CID-10 U06). Foram consideradas variáveis sociodemográficas, regionais e de evolução clínica. No período, foram notificados 114.602 casos em gestantes, equivalentes a 22,1% do total nacional, com um pico em 2016 (54,4%) e declínio posterior. A maioria correspondeu a mulheres de 20 a 39 anos (58,6%), principalmente no segundo trimestre. O Nordeste concentrou 39,7% dos casos, seguido do Sudeste (30,5%), e as mulheres pardas foram as mais afetadas (39,2%). Quanto à evolução clínica, 68,4% apresentaram cura, 0,23% evoluíram para óbito e 31,3% não tiveram desfecho informado. Embora os casos tenham diminuído após 2016, o ZIKV continua sendo um desafio para a saúde materno-fetal no Brasil, afetando de forma desproporcional mulheres pardas, adolescentes e residentes do Nordeste. O fortalecimento da vigilância e de políticas equitativas é essencial para mitigar seus impactos.
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