DO CABARÉ À INOVAÇÃO: MEMÓRIA, RUÍNA E RESSIGNIFICAÇÃO DO HOTEL CASSINA EM MANAUS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.21307Palavras-chave:
Arquitetura. Memória. Patrimônio. Ruína. Urbanidade.Resumo
O estudo investiga a trajetória histórica do antigo Hotel Cassina, em Manaus, compreendido como patrimônio cultural atravessado por processos de opulência, decadência e ressignificação. O objetivo é analisar de que maneira a metamorfose do edifício, da condição de hotel de luxo ao funcionamento como cabaré e sua recente reinserção como centro de inovação, expressa diálogos entre memória coletiva, ruína e reinvenção urbana. A pesquisa utiliza metodologia qualitativa, fundamentada em análise documental, relatos orais, registros jornalísticos e revisão crítica de produções acadêmicas, buscando articular dimensões arquitetônicas, sociais e simbólicas. O percurso analítico evidencia que o Cassina não se restringe a um vestígio arquitetônico, mas funciona como palimpsesto urbano, no qual diferentes temporalidades se sobrepõem e se tensionam. A leitura do edifício como lugar de memórias múltiplas permite compreender que a ruína não representa apenas perda material, mas campo de possibilidades para novos usos sociais. A restauração e a transformação em “Casarão da Inovação” revelam a capacidade de o patrimônio urbano condensar passados contraditórios e projetar horizontes para a cidade contemporânea. A conclusão preliminar indica que o caso do Cassina contribui para problematizar o papel da preservação na vida urbana, demonstrando que os patrimônios culturais adquirem valor não apenas por sua permanência física, mas sobretudo por sua capacidade de gerar sentidos coletivos e reinscrever práticas sociais.
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