A IDENTIFICAÇÃO DAS LESÕES AUTOPROVOCADAS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Resumo

Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica sobre o comportamento de lesões autoprovocadas em crianças e adolescentes, com o objetivo de identificar os fatores associados e as características desse crescente fenômeno, compreendendo os impactos psicológicos, reconhecendo estratégias de diagnóstico, prevenção e intervenções eficazes. A autolesão, definida como qualquer comportamento deliberado que resulta em danos ao próprio corpo sem intenção de suicídio, tem sido amplamente estudada nos últimos anos devido ao aumento de sua incidência entre jovens. A pesquisa abordou artigos e estudos publicados entre 1981 e 2023, explorando as causas, fatores de risco, e as intervenções mais eficazes. Foram utilizadas as bibliotecas virtuais “SCIELO e PubMed” por meio das palavras chaves “Tentativa AND Suicídio” “Suicídio AND Crianças” “Tentativa AND Suicídio AND Crianças” “Criança AND Suicídio” Lesão AND Auto” “Lesão AND Auto AND Provocada” “Lesão AND Auto AND Provocada AND Crianças” “Infância AND Adolescência AND Suicídio” “Adolescente AND Suicídio”. A análise dos estudos revelou a relevância das intervenções psicossociais e terapias baseadas na regulação emocional, que mostraram eficácia na redução desses comportamentos. No entanto, o artigo aponta para a necessidade de mais pesquisas no contexto brasileiro, devido à escassez de dados nacionais e ao estigma social que ainda cerca o tema. Conclui-se que a autolesão em crianças e adolescentes deve ser tratada como um importante indicador de sofrimento psíquico, exigindo uma abordagem multidisciplinar e preventiva para reduzir os danos e melhorar a qualidade de vida dos jovens. Um dos fatores sociais mais predominantes para a lesão autoprovocada na criança e no adolescente é o Bullying que acarreta grande sofrimento e danos emocionais a quem sofre tal ato. O Bullying pode ocorrer de diferentes maneiras: verbal, física, social ou eletrônica, esta última conhecida como cyberbullying.