A ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR NA PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20998Palavras-chave:
Erros de medicação. Atenção farmacêutica. Farmácia hospitalar.Resumo
Os erros de medicação continuam sendo um dos maiores desafios enfrentados pelos hospitais, comprometendo significativamente a segurança do paciente e a qualidade do cuidado. Essas falhas podem ocorrer em diferentes etapas do processo de uso do medicamento, incluindo prescrição, dispensação, administração e monitoramento, e são frequentemente decorrentes de fatores humanos, organizacionais e tecnológicos. A identificação e a prevenção desses erros são essenciais para reduzir eventos adversos e promover um ambiente hospitalar mais seguro (SILVA; ALMEIDA, 2022).Neste contexto, a atuação do farmacêutico hospitalar emerge como um componente fundamental para minimizar os riscos associados à medicação. O profissional farmacêutico é responsável por diversas atividades estratégicas, tais como a validação das prescrições médicas, a conciliação medicamentosa e o acompanhamento farmacoterapêutico, que contribuem para o uso racional dos medicamentos e a melhoria dos resultados clínicos dos pacientes. A presença desse profissional nas equipes multiprofissionais tem demonstrado impacto positivo na prevenção de erros de medicação (COSTA et al., 2023).Além do papel técnico, o farmacêutico hospitalar assume uma função educacional, orientando tanto a equipe de saúde quanto os pacientes sobre o uso correto dos medicamentos e os cuidados necessários para evitar falhas. Essa atuação educativa fortalece a cultura de segurança dentro das instituições de saúde, promovendo a conscientização e o engajamento dos profissionais em práticas seguras (MARTINS; FERREIRA, 2021). Diversas pesquisas recentes evidenciam que a inserção do farmacêutico em comissões de segurança do paciente e protocolos clínicos contribui para a redução significativa da ocorrência de erros e eventos adversos relacionados à medicação. Essas intervenções têm se mostrado eficazes para a detecção precoce de potenciais falhas, possibilitando a adoção de medidas corretivas que beneficiam diretamente a saúde dos pacientes (OLIVEIRA; PEREIRA, 2022). No entanto, apesar dos benefícios comprovados, a integração plena do farmacêutico nas equipes hospitalares ainda enfrenta obstáculos. A escassez de recursos, a falta de reconhecimento profissional e limitações estruturais em instituições públicas dificultam a expansão das atividades clínicas do farmacêutico, comprometendo a potencialidade de sua contribuição para a segurança do paciente (RODRIGUES et al., 2024).Para superar esses desafios, é fundamental investir em capacitação contínua dos farmacêuticos hospitalares, além de desenvolver políticas institucionais que valorizem e promovam o protagonismo desse profissional. A valorização do farmacêutico e o fortalecimento do seu papel colaboram para o aprimoramento dos processos assistenciais e para a construção de um ambiente mais seguro e eficiente (SANTOS; LIMA, 2023).A atuação farmacêutica também impacta positivamente a gestão hospitalar, contribuindo para a redução dos custos associados a eventos adversos e internações prolongadas, decorrentes de erros de medicação. Essa relação entre segurança do paciente e economia na saúde reforça a importância da presença do farmacêutico em todos os níveis do cuidado (ALMEIDA; SOUZA, 2021). Em suma, a prevenção de erros de medicação por meio da atuação do farmacêutico hospitalar é uma estratégia imprescindível para garantir a segurança do paciente, a efetividade dos tratamentos e a melhoria contínua da assistência hospitalar. O reconhecimento e a ampliação desse papel são fundamentais para a promoção de cuidados de saúde mais seguros e eficientes (COSTA et al., 2023).
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