UM OLHAR PARA DISLEXIA NA LEITURA E PRODUÇÃO ESCRITA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20764Palavras-chave:
Leitura e escrita. Dificuldades na aprendizagem. Dislexia. Intervenção.Resumo
A escola é o ambiente responsável para desenvolver e garantir a aprendizagem e aquisição das competências e habilidades de leitura e escrita é este ambiente que se percebe o surgimento de alguns transtornos específicos de leitura e a escrita, por consequência, refletindo na aprendizagem dos estudantes em questão. A dislexia é um transtorno de aprendizagem que está diretamente relacionada ao cognitivo, portanto, conectada a capacidade do aluno em desenvolver as habilidades e as competências necessárias para que o ato de ler e escrever sejam possibilitados. Desse modo, esta pesquisa abordou o tema dislexia, caracterizada pelas dificuldades de reconhecimento de letras, soletração e decodificação das palavras, comprometendo o desempenho e dificultando a aprendizagem dos estudantes que possuem o distúrbio, como também, a atuação dos docentes diante da necessidade apresentada pelo estudante. Em concordância com Teles (2004, p.713) “o saber ler é uma das aprendizagens mais importantes, porque é a chave que permite o acesso a todos os outros saberes”. O ato de aprender a ler, embora complexo, para muitos é uma tarefa fácil, no entanto algumas pessoas mesmo possuindo um nível de inteligência médio ou superior, apresentam dificuldades na sua aprendizagem. “Até a poucos anos a origem desta dificuldade era desconhecida, era uma incapacidade invisível, um mistério, que gerou mitos e preconceitos estigmatizando as crianças, os jovens e os adultos que a não conseguiam ultrapassar” ( p.713). O ato de ler obriga o leitor fazer relação com os sons dos fonemas e os símbolos visuais que são os grafemas, usados para representá-lo, esta é uma habilidade exigida durante a aprendizagem da leitura e também quando surgem novas palavras e pseudopalavras (DEUSCHLE; CECHELLA, 2009). Por isso “[...] a forma como crianças com distúrbio de aprendizagem processam e adquirem informações é diferente do funcionamento típico de crianças sem dificuldade na fase de aprendizagem escolar” (SILVA; CAPELLINI, 2011, p.132), consequentemente manifestam dificuldades nas áreas que exige decodificação e identificação de palavras. Tendo em consideração que a fase do processo inicial da vida escolar os alunos podem apresentar dificuldades na aprendizagem, Evans (2006) apoiada em Davis (2004) e Mc Cabe(2002) traz dados que aproximadamente 90% das crianças que estão frequentando a educação básica apresentam algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionado à linguagem, como a dislexia, eixo central deste trabalho. Affonso et al. (2011), ainda corrobora que no Brasil cerca de 30% a 40% das crianças das séries iniciais manifestam alguma dificuldade escolar, destes 3% a 5% manifestam transtornos de aprendizagem, do qual o distúrbio mais encontrado é a dislexia, também conhecido como transtorno específico de leitura. Em Libâneo (2007), este relata que a escola necessita se eximir da caracterísitca de ser um agente transmissor de conhecimento e informações, levando toda a obrigatoriedade da trasmissão desse currículo aos educadores, que observam de forma isolada o processo de ensino. Muito se ouve falar sobre as dificuldades de aprendizagem e suas variações, surgindo aí, diversos comportamentos que divergem e causam o fracasso dos alunos. Inicialmente o docente identifica a dificuldade de aprendizagem atribuindo diversificadas causas que podem interferir.Contudo, o desafio em aprender para muitos estudantes não pode ser atribuido como deficências de aprendizagem, certamente há variadas formas de aprender e cada educando possui uma habilidade diferenciada em relação ao aprendiz. Contudo é no ambiente escolar que se almeja que todos aprendam de maneira igualitária, pois muitos docentes ensinam sob a mesma ótica, utilizando o mesmo meio, constatando o fato gerador do fracasso da aprendizagem escolar. De acordo com Patto (1996), a superação do fracasso escolar passa pelo reconhecimento da complexidade desse fenômeno, considerando os múltiplos aspectos que o determinam: a instituição escolar tal como é organizada, as políticas, o contexto sócio-histórico, a condição social e as ideologias sob as quais se ampara a prática educativa.Através do estudo de levantamento bibliográfico, apresentou as causas, características, maneiras de reconhecerem o transtorno e conduzir o processo de ensino-aprendizagem e constatar estratégias de ensino, a importância do diagnóstico no início do processo de alfabetização, para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, a interação e apoio familiar, formação docente e proposta de intervenções.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Atribuição CC BY