RESULTADOS E COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS EM CIRURGIA VÍTREO-RETINIANA: UMA ANÁLISE DA VITREORRETINOPATIA PROLIFERATIVA (PVR) E SEUS IMPACTOS PROGNÓSTICOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20725Palavras-chave:
Vitreorretinopatia proliferativa. Descolamento de retina. Cirurgia Vitreorretiniana.Resumo
A vitreorretinopatia proliferativa (PVR) representa a principal causa de insucesso cirúrgico após o tratamento do descolamento regmatogênico da retina, com incidência estimada entre 5% e 10% dos casos. A patogênese envolve uma resposta inflamatória e cicatricial exacerbada, com proliferação de células do epitélio pigmentar da retina, gliais e fibroblastos, que se diferenciam em miofibroblastos, culminando na formação de membranas contráteis epirretinianas e sub-retinianas. Tais membranas exercem tração sobre o tecido neural, podendo levar ao redescolamento e a um prognóstico visual reservado. A abordagem terapêutica de eleição consiste na vitrectomia via pars plana, frequentemente associada a procedimentos complexos como a retinectomia relaxante, para a neutralização dos vetores tracionais. A estabilização anatômica pós-operatória é dependente do uso de tamponantes intraoculares, como gases expansíveis (SF₆, C₃F₈) e óleo de silicone , cujo uso prolongado está associado a complicações como toxicidade retiniana, emulsificação e hipertensão ocular secundária. A elucidação das cascatas moleculares, envolvendo citocinas pró-inflamatórias como o fator de crescimento transformador beta (TGF-β) , tem fomentado a investigação de terapias farmacológicas adjuvantes, incluindo agentes antiproliferativos e moduladores da resposta imune, com o objetivo de otimizar os desfechos cirúrgicos. A personalização da estratégia terapêutica, baseada na estratificação da gravidade clínica e na resposta inflamatória individual, emerge como um fator determinante para o sucesso anatômico e funcional.
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