TRAUMA VASCULAR COM LESÃO DE ARTÉRIA RADIAL E LESÃO DO NERVO MEDIANO NO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO: ESTUDO DE CASO

Resumo

Acidentes de trabalho frequentemente causam lesões vasculares e nervosas no membro superior, especialmente em trabalhadores manuais. Este estudo torna-se relevante pela importância de explorar de forma mais ampla a atuação da fisioterapia na recuperação de pacientes com lesões vasculares e nervosas combinadas, buscando identificar abordagens eficazes que favoreçam a restauração das funções e o retorno às atividades sociais e profissionais. O objetivo geral consiste em avaliar a reabilitação fisioterapêutica de um paciente que sofreu trauma vascular durante sua atividade laboral com obstrução da artéria radial e danos no nervo mediano no membro superior esquerdo. A melhora clínica e funcional ao longo do tratamento realizado durante o estágio supervisionado curricular obrigatório pode ser acompanhada e vivenciada.  Este trabalho é um Estudo de Caso do paciente S.G.A, que passou por tratamento cirúrgico após sofrer um acidente de trabalho grave sendo posteriormente encaminhado à reabilitação fisioterapêutica na Clínica de Ensino e Pesquisa em Fisioterapia da Universidade Iguaçu, entre os anos de 2024 e 2025. Durante esse período, observou-se um progresso significativo na funcionalidade do membro, sendo evidenciado pela melhora nos movimentos de extensão e no desvio ulnar no contexto da amplitude de movimento de punho esquerdo. Por outro lado, a flexão apresentou uma pequena diminuição e o desvio radial mostrou-se reduzido. O manejo fisioterapêutico adotado foi baseado em um programa individualizado, que incluiu exercícios de cinesioterapia artrocinemática, mobilizações das articulações, atividades ativas e com resistência, além de estímulos sensoriais. Também foram aplicadas técnicas específicas para minimizar aderências na cicatriz e realizadas práticas de treinamento funcional voltadas para a recuperação da força e destreza manual. Foi identificado um aumento expressivo na força muscular, que evoluiu de um grau 1, caracterizado por contração mínima, para um grau 4. Por tudo isso, deve ser mencionada, portanto a constatação do progresso notável na recuperação da força muscular, ampliação do arco de movimento do punho e dos dedos, além de redução do edema e melhora na execução de tarefas manuais básicas.