A MORTE E O LUTO NA LOGOTERAPIA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i7.20287Palavras-chave:
Morte. Luto. Logoterapia. Sentido da vida. Psicologia existencial.Resumo
Este artigo desenvolve uma análise reflexiva sobre a morte e o luto, compreendendo como dimensões fundamentais da existência humana. A morte, embora inevitável, é frequentemente negada ou silenciada, sendo associada à fragilidade e à interrupção dos projetos de vida. Tal negação contribui para o enfraquecimento dos rituais simbólicos que historicamente conferiam sentido à finitude, tornando o processo de luto ainda mais complexo. O luto, por sua vez, é uma resposta emocional e psicológica esperada diante da perda, podendo, entretanto, assumir formas prolongadas ou disfuncionais quando não é devidamente acolhido. Sentimentos como medo, sofrimento, desamparo e vazio existencial são comuns nesse processo, e podem acabar em sofrimento psíquico intenso ou até mesmo em adoecimentos graves. Neste contexto, a religiosidade e a espiritualidade são reconhecidas como recursos frequentemente utilizados no enfrentamento da morte, podendo favorecer a ressignificação da perda ou, em alguns casos, intensificar o sofrimento, a depender do sistema de crenças de cada indivíduo. Para aprofundar essa discussão, este estudo adota como principal referencial teórico a Logoterapia, abordagem existencial fundada por Viktor Frankl, que propõe a busca de sentido como eixo central da experiência humana, mesmo diante do sofrimento inevitável. A Logoterapia oferece ajuda valiosa para compreender como a pessoa enlutada pode transformar a dor em oportunidade de crescimento e reencontro com valores existenciais. A metodologia adotada é de natureza qualitativa, com base em revisão bibliográfica, incluindo autores clássicos e contemporâneos das áreas da Psicologia. O objetivo principal é ampliar a compreensão sobre o significado da morte e do luto na perspectiva existencial e contribuir para o aprimoramento das práticas de cuidado, especialmente no âmbito da Psicologia Clínica e hospitalar. Ao reconhecer que falar sobre a morte também é falar sobre a vida, o artigo propõe um olhar mais humanizado, ético e sensível às questões que envolvem a finitude, o sofrimento e a possibilidade de sentido.
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