SEM ÁGUA, SEM RESPIRAR E SEM AULA: O IMPACTO DA SECA HISTÓRICA PARA AS ESCOLAS DO CAMPO DA AMAZÔNIA UATUMÃENSE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i7.20059Palavras-chave:
Educação do Campo. Escolas do campo. Seca histórica. Amazônia.Resumo
Este artigo analisa o impacto da seca histórica para as escolas do campo da Amazônia Uatuamaense. Trata-se de um estudo ancorado nos pressupostos teóricos-metodológicos do Materialismo Histórico-Dialético sob a tríade universal, particular, singular, utilizando as categorias contradição, mediação e totalidade, contando com apoio da pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa de campo desenvolvida ao longo dos tempos comunidades do curso de Especialização Educação do Campo práticas pedagógicas do Programa Escola da Terra da UFAM (2022-2023). Participaram da pesquisa três professoras que atuam em escola do campo de São Sebastião do Uatumã/AM, as quais realizamos entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontam que na Amazônia Uatumaense existem 19 escolas do campo, cuja organização é multisseriada unidocente, com classes multisseriadas e seriadas, e estão localizadas em territórios rurais/camponeses e que, com a seca extrema na região, essas escolas foram impactadas. Entre esses impactos estão, as dificuldades de acesso dos (as) estudantes e professores (as) as escolas, dificuldades da entrega da merenda escolar, impacto no processo de aprendizagem dos estudantes, no planejamento e no trabalho docente, além da paralisação das aulas presencias e antecipação da finalização do ano letivo de 2023. Concluímos que é necessário lutar contra as políticas públicas hegemônicas e propostas neoliberais que ainda não consideram a realidade geográfica, ambiental, territorial e a regionalidade amazônica, nas quais as escolas do campo estão inseridas.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY