ANTI-INFLAMATÓRIOS: RISCOS E BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE MATERNO-FETAL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i6.19906Palavras-chave:
Anti-inflamatório. Glicocorticoide. Anti-inflamatório não esteroides. Gestação. automedicação.Resumo
: Introdução: O uso de anti‑inflamatórios não esteroidais (AINEs) e glicocorticoides (AIEs) na gestação gera debate quanto à segurança materno‑fetal, exigindo análise dos potenciais benefícios terapêuticos frente aos riscos de complicações no desenvolvimento do feto. Objetivo: realizar uma revisão da literatura a fim de analisar de forma crítica e abrangente o uso anti-inflamatórios durante a gestação, destacando benefícios terapêuticos e riscos para a saúde da mãe e do feto. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, conduzida conforme as diretrizes Itens Preferidos para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-Análises (PRISMA, 2020). Os critérios de inclusão foram artigos originais que abordassem diretamente o tema, disponíveis na íntegra entre 2015 e 2025 incluindo estudos de coorte populacionais, ensaios clínicos randomizado e estudos observacionais, os critérios de exclusão foram estudos duplicados, relatos de caso, cartas ao editor, editoriais, artigos com acesso pago, resumos de congressos, revisões, teses, dissertações e publicações que, após leitura completa, não atendiam aos objetivos da presente revisão. Os termos de buscas controlados e não controlados extraídos dos vocabulários DeCS e MeSH, tais como: Gestação, Glicocorticóides, Anti-Inflamatórios não Esteroides, combinados por meio dos operadores booleanos “AND” e “OR”, em português e inglês, nas bases de dados Pubmed, BVS, Scielo e Cochrane, foram realizadas as buscas em abril e maio de 2025. Resultados: Foram selecionados quatorze artigos científicos, evidenciaram que a atividade dos AINEs pode estar associada a efeitos adversos cardiovasculares e renais em recém-nascidos, especialmente quando administrados durante o segundo e terceiros trimestres. Por outro lado, a exposição aos AIEs demonstrou benefícios na promoção da maturação pulmonar e na redução da morbidade respiratória neonatal; entretanto, há evidências de potenciais impactos no desenvolvimento neurológico em contextos específicos. No que se refere aos efeitos maternos do uso de AINEs durante a gestação, os estudos disponíveis ainda são limitados e inconclusivos. Conclusão: Embora AINEs e AIEs ofereçam benefícios relevantes — como alívio de sintomas maternos e estimulação da maturação pulmonar fetal em situações de risco —, seu uso requer cautela devido a efeitos adversos potenciais (fechamento prematuro do ducto arterioso, hipertensão neonatal e riscos neuropsiquiátricos), devendo ser guiado por critérios clínicos rigorosos, monitoramento obstétrico e ajuste de dose conforme o período gestacional. Considerações finais: O presente estudo evidenciou a complexidade envolvida no uso de anti-inflamatórios durante a gestação. Esta pesquisa ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar para garantir que as decisões terapêuticas sejam baseadas em evidências científicas sólidas e adaptadas às necessidades individuais de cada gestante.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY