O PAPEL DA LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL NA ENFERMAGEM

Resumo

Introdução: A habilidade de liderança é fundamental para enfermeiros em um contexto de mercado de trabalho extremamente competitivo, pois afeta diretamente na criação de um bom ambiente de trabalho e na motivação da equipe. As instituições de saúde estão se movendo de uma estrutura hierárquica para um modelo dinâmico e colaborativo, exigindo habilidades interpessoais e espírito empreendedor para melhorar a qualidade do atendimento. A liderança transformacional, que se destaca desde a década de 1980, foca na inspiração e motivação da equipe, promovendo inovação e um propósito comum. O texto ressalta a importância desse estilo de liderança na enfermagem, abordando seu impacto nas práticas de gestão e os desafios e oportunidades que traz para a inovação organizacional. Metodologia: O presente estudo, de natureza aplicada, exploratória e descritiva, consistiu em uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de investigar o papel da liderança transformacional na enfermagem. A metodologia seguiu os seis passos propostos por Gonçalves (2019), desde a definição do tema até a apresentação dos resultados. As fontes utilizadas incluíram a BVS, LILACS e SciELO, utilizando descritores verificados no DeCS. Foram incluídos artigos completos, publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas português, inglês e espanhol, que abordassem a temática proposta. A análise dos estudos selecionados permitiu a construção de uma síntese descritiva, contribuindo para uma compreensão crítica sobre o impacto da liderança transformacional na prática da enfermagem. Resultados e discussão: O estudo aborda os desafios e potencialidades da liderança transformacional na enfermagem. Destaca-se que a ausência de suporte institucional e a visão da liderança como habilidade inata comprometem a qualidade da assistência e a satisfação dos profissionais. A liderança transformacional, por sua vez, promove motivação, coesão da equipe e um ambiente de trabalho mais colaborativo, baseado em ética, empatia e diálogo. Apesar de entraves como inexperiência, resistências internas e críticas quanto ao uso de estratégias emocionais, esse modelo se mostra eficaz na gestão do cuidado, ao incentivar relações interpessoais saudáveis e práticas participativas. Assim, enfermeiros líderes transformacionais valorizam as competências individuais, promovendo uma assistência mais eficiente e humanizada. Conclusão: A liderança transformacional na enfermagem é fundamental para melhorar a qualidade da assistência, fortalecer a equipe e promover um ambiente colaborativo. Seu desenvolvimento exige apoio institucional e valorização das competências interpessoais e éticas dos enfermeiros, contribuindo para uma prática mais humanizada e eficaz.