IMPACTO DA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA EM PACIENTES DIABÉTICOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.19233Resumo
Introdução: A doença arterial coronariana representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade globalmente, apresentando um desafio particular em pacientes com comorbidades como o Diabetes Mellitus. A presença de diabetes confere um perfil de doença cardíaca mais agressivo e difuso, frequentemente envolvendo múltiplos vasos e leitos distais, o que complica as estratégias de revascularização. Compreender as implicações da cirurgia de revascularização miocárdica neste subgrupo de pacientes é fundamental dada a complexidade de sua apresentação clínica e os riscos inerentes aos procedimentos cirúrgicos. A intervenção cirúrgica para contornar as obstruções arteriais visa restaurar o fluxo sanguíneo ao músculo cardíaco, mas seus resultados a longo prazo e o perfil de segurança em diabéticos requerem análise contínua face às particularidades metabólicas e vasculares desta população. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática da literatura foi analisar o impacto da cirurgia de revascularização miocárdica nos desfechos cardiovasculares e prognóstico de pacientes diagnosticados com Diabetes Mellitus. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura seguindo os princípios do checklist PRISMA. A busca foi conduzida nas bases de dados eletrônicas PubMed, SciELO e Web of Science, utilizando os descritores: "Diabetes Mellitus", "Coronary Artery Bypass Grafting", "Myocardial Revascularization", "Outcomes" e "Prognosis". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos que abordavam o tema em questão. Os critérios de inclusão abrangeram estudos em humanos adultos com diabetes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica que reportaram desfechos cardiovasculares ou prognóstico a longo prazo. Foram excluídos estudos com pacientes sem diabetes, aqueles que avaliaram exclusivamente outras formas de revascularização (como intervenção coronariana percutânea) e artigos de revisão ou editoriais. Resultados: Os estudos incluídos demonstraram que a cirurgia de revascularização miocárdica geralmente proporcionou melhores resultados a longo prazo em termos de sobrevida livre de eventos cardiovasculares maiores e necessidade de nova revascularização em comparação com outras estratégias, particularmente em pacientes com doença multiarterial complexa. Contudo, observou-se um risco ligeiramente aumentado de complicações perioperatórias e problemas de cicatrização em pacientes diabéticos. A escolha do enxerto (especialmente o uso da artéria torácica interna) foi consistentemente associada a melhores desfechos a longo prazo nesta população. Conclusão: A cirurgia de revascularização miocárdica representou uma estratégia de revascularização eficaz e durável para muitos pacientes diabéticos com doença arterial coronariana complexa, oferecendo benefícios significativos em desfechos a longo prazo, apesar de desafios específicos relacionados à condição metabólica inerente ao diabetes que exigiram manejo perioperatório cuidadoso.
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