A SAÚDE DA FAMÍLIA NO SUPORTE A PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i5.19142Palavras-chave:
Transtorno do Espectro Autista. Programa de Saúde da Família. Atenção Primária à Saúde.Resumo
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, frequentemente identificado ainda na infância. Diante da crescente prevalência desse transtorno e da complexidade que envolve seu manejo, torna-se imprescindível compreender o papel das políticas públicas, especialmente da Estratégia Saúde da Família (ESF), na atenção integral às pessoas com TEA e suas famílias. Objetivo: Analisar, por meio de revisão integrativa da literatura, as estratégias e os desafios enfrentados pelas equipes da ESF no cuidado a pacientes com TEA na Atenção Primária à Saúde (APS). Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. A pergunta norteadora formulada foi: “Como a Estratégia Saúde da Família contribui para o cuidado de pessoas com Transtorno do Espectro Autista na atenção primária?”. Para tanto, foram selecionados artigos publicados entre 2019 e 2024, disponíveis gratuitamente, em português e inglês, nas bases de dados SciELO, BVS, LILACS e Google Scholar. Os descritores utilizados foram: “transtorno do espectro autista”, “atenção primária à saúde” e “programa de saúde da família”, combinados com o operador booleano AND. Critérios de exclusão englobaram monografias, teses e dissertações. Os artigos selecionados foram analisados e sistematizados em tabela para posterior discussão. Resultados e discussão: Os resultados demonstraram que o acolhimento humanizado, a escuta ativa e a construção de um Projeto Terapêutico Singular são estratégias frequentemente adotadas pelas equipes do PSF. Entretanto, ainda se evidenciam lacunas relacionadas à ausência de capacitação específica, à dificuldade de articulação intersetorial e à escassez de recursos estruturais. A atuação da ESF no suporte às famílias mostrou-se essencial para a adesão ao cuidado e o enfrentamento do estigma. Conclusão: O estudo evidencia que, embora existam ações efetivas no cuidado ao TEA no âmbito da Atenção Primária, é fundamental fortalecer a formação continuada dos profissionais, a integração entre os serviços e a implementação concreta das diretrizes nacionais. A humanização e a inclusão devem ser princípios orientadores do cuidado, de modo a garantir à pessoa com TEA um acompanhamento longitudinal, integral e digno.
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