REINVENTAR O ENVELHECER A PARTIR DA ESCUTA: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA SOCIAL COM MULHERES IDOSAS ACOLHIDAS EM UMA CASA DE REPOUSO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i5.18884Palavras-chave:
Psicologia Social. Idosos. Relações sociais. Vivência acadêmica.Resumo
O trabalho em questão é uma narrativa sobre a experiência vivenciada durante o estágio supervisionado de observação em psicologia social, com idosos institucionalizados em Casa de Repouso, no curso de Psicologia, na Disciplina de Psicologia Social. Essa experiência ocorreu no ano de 2024, em uma Instituição Parcticular de Idosos, localizada em Curitiba, Paraná. Durante esse período, foi observada a rotina de convivência diária com idosas do sexo feminino, em idade entre 72 a 92 anos de idade, com o objetivo de destacar a importância do desenvolvimento de um possível futuro projeto de intervenção, a partir da criação de Grupo de Psicoterapeutico de Escuta Ativa, a fim de dar melhor qualidade de vida às relações sociais, notadamente nos processos de envelhecimento e garantia de melhora significativa de memória recente e nos quadros de doenças neurodegenerativas, bem como, proporcionar um ambiente de conforto e bem-estar entre as conviventes do local. O foco central dos trabalhos era incentivar a integração das idosas, em relação à sua própria condição clínica e em sua convivência com os demais agentes do local, destacando a relevância deles para a experiência acadêmica. A Psicologia Social está hoje repleta de teorias e métodos produtivos, entre eles a intervenção psicossocial que pode servir para melhorar a qualidade de vida e construir novas subjetividades para o crescente número de idosos. O objetivo deste artigo é buscar contribuir para a melhoria da qualidade de vida na velhice. Planejamos nossa metodologia para que grupos de discussão com rica interação entre os idosos pudessem ser desenhados. Foram sete encontros organizados incentivar a reflexão sobre diferentes temas. Como resultados progressivos, houve melhor interação interpessoal juntamente com a desnaturalização de crenças/mitos em torno do envelhecimento que impedem a qualidade de vida das idosas acompanhadas, abrindo espaço para uma “nova” prática psicológica. Assim, o projeto de intervenção, caso seja implementado, é um repensar e reinvenção nas práticas psicológicas. A fundamentação teórica foi baseada em conceitos relacionados à atuação da psicologia social (Freud (1905/1996); Neri, 2008; Silva, 2006, Fernandez & Paniagua, 2007;), sobre a importância das experiências e interações com o ambiente para o desenvolvimento, com as adaptações necessárias para os idosos portadores dos transtornos e doenças indicados. As observações possibilitaram prever, como as idosas observadas desempenharam papéis ativos nas atividades de grupo de convivência e fala ativa, e quais as dificuldades enfrentadas diárias por elas, em suas rotinas, decorrentes de suas limitações, em comparação à população que em geral não se submete à tais práticas. Por meio das experiências oferecidas, surgiram reflexões e relatos acerca de comportamentos e conceitos que impactam de maneira favorável ou desfavorável no desenvolvimento cognitivo desses indivíduos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY