ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE 2000 A 2022 DA INCIDÊNCIA DE HEPATITE A EM CRIANÇAS NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i4.18710Palavras-chave:
Hepatite A. Epidemiologia. Vacinação. Saúde Pública. Crianças. Brasil.Resumo
A Hepatite A é uma infecção viral do fígado com transmissão predominantemente fecal-oral, sendo considerada endêmica no Brasil, especialmente em regiões com infraestrutura sanitária precária. O presente estudo realizou uma revisão narrativa da literatura para analisar a incidência da Hepatite A em crianças no Brasil no período de 2000 a 2022, destacando o impacto da vacinação e as variações regionais da doença. Foram utilizados dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, além de publicações indexadas em bases científicas, como LILACS, MEDLINE e SCIELO. Os resultados indicam uma queda expressiva na incidência de Hepatite A em crianças ao longo dos anos, particularmente após a inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Entre 2014 e 2022, a taxa de incidência da doença reduziu 96,6% em crianças menores de 5 anos e 99,2% na faixa etária de 5 a 9 anos. Apesar dessa tendência geral de redução, disparidades regionais ainda são evidentes, com estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul apresentando taxas de incidência superiores à média nacional em 2022. Além disso, a análise por sexo e raça/cor revelou que meninos foram mais afetados do que meninas, e indivíduos pardos e brancos concentraram a maioria dos casos. A análise sugere que, embora a vacinação tenha sido fundamental na redução dos casos de Hepatite A, fatores como acesso desigual a serviços de saúde e saneamento básico continuam a influenciar a disseminação da doença. A manutenção da vigilância epidemiológica e a implementação de políticas públicas voltadas à melhoria da infraestrutura sanitária são essenciais para a erradicação da Hepatite A no país. Além disso, destaca-se a necessidade de ampliação da cobertura vacinal em áreas mais vulneráveis e a realização de novos estudos para compreender melhor os fatores determinantes da persistência da doença em determinadas localidades.
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