OFTALMOPATIA DE GRAVES: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTO MEDICAMENTOSO COM CORTICOTERAPIA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i3.18394Palavras-chave:
Oftalmopatia de Graves. Manifestações clínicas. Corticoterapia. Tratamento medicamentoso e evolução terapêutica.Resumo
Introdução: A oftalmopatia de Graves configurou-se como uma condição autoimune com ampla repercussão sistêmica e local, impactando a qualidade de vida dos pacientes por meio de manifestações clínicas intensas, tais como exoftalmia, desconforto ocular, diplopia e alterações na função visual. Os estudos demonstraram que as alterações inflamatórias orbitais e a infiltração de células imunes contribuíram para a evolução da doença, cujo manejo desafiador demandava uma atuação terapêutica assertiva. Nesse contexto, a corticoterapia emergiu como ferramenta importante para minimizar a atividade inflamatória e promover melhorias funcionais, evidenciando a complexidade e relevância do tema para a prática clínica. Objetivo: A revisão sistemática objetivou compilar, analisar e sintetizar os conhecimentos recentes acerca das manifestações clínicas da oftalmopatia de Graves e do tratamento medicamentoso com corticoterapia, reunindo evidências de estudos científicos para orientar práticas clínicas e fomentar novas pesquisas nessa área. Metodologia: A pesquisa foi conduzida com base no checklist PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram empregados cinco descritores: “oftalmopatia de Graves”, “manifestações clínicas”, “corticoterapia”, “tratamento medicamentoso” e “evolução terapêutica". A seleção das publicações se restringiu a artigos, estudos e livros científicos publicados nos últimos 10 anos. Procedeu-se à aplicação de três critérios de inclusão: investigações com delineamento clínico ou ensaios controlados, publicações em português ou inglês e estudos que apresentaram dados detalhados sobre manifestações clínicas e resposta à corticoterapia; e três critérios de exclusão: relatos de casos isolados, revisões não sistemáticas e pesquisas que não abordaram a relação entre o tratamento medicamentoso e as manifestações da doença. Resultados: A síntese dos dados evidenciou que os estudos abordaram de maneira consistente a variedade nos sinais e sintomas orbitais e ressaltaram a eficácia da corticoterapia na redução dos quadros inflamatórios. Verificou-se a presença de protocolos variados quanto à dosagem e via de administração dos corticosteróides, o que gerou diferenças na resposta terapêutica. Destacou-se também a importância do manejo multidisciplinar para otimizar os resultados clínicos e minimizar possíveis efeitos adversos do tratamento. Conclusão: A revisão demonstrou que, embora a oftalmopatia de Graves representasse um desafio terapêutico complexo, a utilização da corticoterapia apresentou eficácia na melhora dos sintomas e na estabilidade da função ocular. Os achados reforçaram a necessidade de um manejo individualizado, fundamentado em evidências recentes, que contribuísse para a definição de condutas terapêuticas mais seguras e assertivas na prática oftalmológica.
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